Leia o trecho a seguir: "[...] é quase impossível que nossos juízos sejam tão puros e tão sólidos como teriam sido se tivéssemos tido inteiro uso de nossa razão desde a hora de nosso nascimento, e se tivéssemos sido conduzidos sempre por ela. "(DESCARTES, René. Discurso do método).
A razão Cartesiana inaugurou, na modernidade, uma forma de se pensar a partir de uma linguagem racionalista, inspirada em modelos matemáticos. Esse modelo racional pretendia servir como guia para o conhecimento da realidade.
PERGUNTA: Sobre o método cartesiano, é correto afirmar que:
(a) tem sua formulação mais bem acabada na obra "Crítica da Razão Pura"
(b) consistia em colocar o mundo, a realidade, "entre parênteses", operando assim em uma "redução fenomenológica"
(c) Foi duramente combatido pelos filósofos contemporâneos a Descartes, não tendo assim exercido influência em nenhuma geração posterior.
(d) consistia em duvidar de tudo, e a partir da dívida, reconduzir o pensamento à possibilidade da realidade, processo que se sintetiza na frase: "penso, logo existo".
(e) tem seu apogeu no século XV, quando a entra em declínio a filosofia escolástica.
Soluções para a tarefa
Descartes foi um filósofo do século XVII e a Crítica da Razão Pura foi escrita por Kant, que não era um "adepto" do método Cartesiano, de modo que podemos excluir estas alternativas.
A fenomenologia é uma escola filosófica também bem posterior a Descartes, tendo surgido nos séculos XIX e XX e apesar de ter encontrado resistência, o modelo cartesiano é relevante até os dias atuais e continua a ser estudado.
É correta apenas a afirmativa D, pois o método cartesiano era baseado naquilo que ele próprio chamava de Dúvida Metódica, de modo que, ao duvidar de tudo, há de se encontrar algo que esteja acima de qualquer dúvida possível e, a partir daí, construir todos os conceitos sobre o mundo (a verdade inquestionável encontrada por Descartes foi justamente "Penso, logo existo".
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