Português, perguntado por marcellyrocha24, 9 meses atrás

Leia o trecho a seguir de um texto de Saramago: Usos da razão A imaginação, o que dizer a respeito dela? Meus livros estão aí para provar que eu a tenho. Mas é uma imaginação que está sempre a serviço da razão. Ou melhor: que aceita a prevalência da razão. Posso formular assim: a imaginação é o ponto de partida, mas o caminho a partir daí pertence à razão. Somos nós que nos afirmamos, por oposição ao comportamento dos animais, seres dotados de razão; por isso, não posso aceitar (e aí entra uma questão ética) que a razão seja usada contra a razão. Nesse sentido, uma razão que não é conservadora da vida, uma razão que não defende a vida, uma razão que (pondo a coisa num terreno mais prático, mais imediato) não se orienta para dignificar a vida humana, para respeitá-la, muito simplesmente para alimentar o corpo, para defender da doença, para defender de tudo o que há de negativo e que nos cerca, e que desgraçadamente é também produto da razão, é uma razão de que se faz um mau uso. Se o homem é um ser racional e usa a razão contra si mesmo – um contra si mesmo representado pelos seus semelhantes −, então de que é que serve a razão? Se ela não serve à ética, ela se transforma numa arma destrutiva. SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 134/135) Deve-se entender do texto que, para o escritor português José Saramago, Alternativas Alternativa 1: a imaginação, por importante que seja para se iniciar um texto, deve alcançar sua culminância apenas ao final dele. Alternativa 2: a imaginação e a razão devem concorrer com igual importância para se estabelecer o sentido determinante de um texto. Alternativa 3: a imaginação, quando firmemente orientada pela razão, pode servir ao imperativo ético de dignificar o homem como um ser racional. Alternativa 4: o motivo ético de nos orientarmos pelo uso da razão é o de vencer o emprego da imaginação quando esta se revela um puro instinto. Alternativa 5: a razão deve estar sempre no comando das ações humanas, por isso ela não tem como ocorrer senão como uma prática anti-humanista.

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Respondido por jaquebruxa15
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Opção 3

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