leia o texto Sócrates, sem dúvidas, desenvolveu entre seus discípulos a arte do
diálogo. Digo arte, porque não é natural em nós. Podemos falar comunicar-nos,
mas dialogar exige empenho. Justamente por esse motivo, dialogamos pouco.
Infelizmente, temos o hábito do menor esforço. Não estamos preparados para
o diálogo, estamos acostumados a falar, a discutir. Falar é expressar o que
sentimos, pensamos, por meio da comunicação (gesto, voz...). Discutir é expor
opiniões, propostas, pontos de vistas opostos ou paralelos. DIÁLOGO é o
encontro amoroso dos homens, que midiatizados pelo mundo o pronunciam,
isto é, o transformam transformando-o o humanizam para a humanização de
todos. Assim Paulo freire conceitua diálogo. Somos carentes de diálogos,
porque diálogo não é qualquer tipo de conversação. O diálogo tem
características específicas: NO DIÁLOGO- falamos com alguém, expressamos
o que temos dentro de nós, o que muitas vezes nos parece claro, mas
expressado diante do outro pode não sê-lo. Ao pensar, falamos para nosso
interior, expressamo-nos para nós mesmos. Ao dialogar, expressamos para o
outro nosso pensamento; TODO DIÁLOGO- é tentativa de estabelecer um
relacionamento para superar a opinião e estabelecer o conhecimento; O
DIÁLOGO- é um espaço aberto para colocar opiniões, confrontá-las e assim
poder chegar a um conceito; O OBJETIVO DO DIÁLOGO- argumento ou da
discussão não deve ser a vitória, mas o esclarecimento.UM ARGUMENTO-
raramente convence alguém, se for contrário ás inclinações desse alguém.
REVIVER SÓCRATES É REALIZAR A PRÁTICA DIALOGAL (dialética), tão
escassa nos dias de hoje. É bom lembrar que, sendo o diálogo uma relação de
amor, devemos estar alerta para alguns aspectos importantes: O argumento
deve ser o centro das atenções, e não as pessoas, seus jeitos ou trejeitos. Não
estamos discutindo a questão moral ou intelectual das pessoas, mas sim suas
ideias. No diálogo, supõe-se que haja no mínimo duas pessoas dispostas a
escutar e a propor seus pontos de vista. Sobre esse aspecto, os primeiros
filósofos gregos consideravam que o diálogo não era apenas uma das formas
pelas quais se podem exprimir o discurso filosófico, mas sua forma típica e
privilegiada, porque não se trata de discurso feito pelo filósofo para si mesmo,
que era isolado em si mesmo, mas uma conversa, uma discussão, uma
pergunta entre pessoas unidas pelo interesse comum da busca. O CONCEITO-
Sócrates usava o diálogo para encontrar conceitos. O diálogo contextualiza a
palavra. Com o diálogo, podemos criar a história da palavra e fazer com que
essa palavra ganhe significado. Só assim a palavra estará envolvida na cultura
de um povo. Uma palavra só terá significado para uma pessoa se for
confrontada com outras palavras e analisadas. Seu sentido vai sendo
assimilado e se formará um conceito. O mundo animal não tem conceitos. Os
animais são de momento, não registram e não cultivam seus atos. São
instintivos. A palavra em si é vazia, apresenta significado, mas, se fosse
simplesmente o significado de algo, não haveria tanta dificuldade de entendê-
la. A palavra, em várias artes, vai alterando seus significados, a ponto de
ganhar um conceito. O conceito é fruto de influências vivenciais e aos poucos,
ganhas maior significação. O conceito é carregado de um contexto, de uma
história, de características de um povo, enfim, de sua cultura. A cultura é
principal responsável pela transformação ou pelo enriquecimento de uma
palavra e seu conceito.
1-Qual é a diferença de discussão, debate e diálogo?
Soluções para a tarefa
Respondido por
6
Resposta:
Diálogo: conversa regular entre 2 ou mais indivíduos com o intuito da comunicação simples e direta
Discussão: normalmente uma conversa na qual 2 ou mais pessoas divergem sobre o assunto e discutem a respeito.
Debate: Levantamento de ideias individualmente ou coletivamente para defesa de pontos de vistas, a fim de tomar decisões ou escolher as melhores propostas.
miraelaugusto4:
eu vou mandar mais perguntas
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