Leia o texto que segue:Aula de portuguêsA linguagemNa ponta da línguaTão fácil de falarE de entenderA linguagem na superfície estrelada das letrasSabe lá o que ela quer dizer?Professor Carlos Góis, ele é quem sabeE vai desmatandoO amazonas da minha ignorância.Figuras de gramática, esquipáticasAtropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.Já esqueci a língua em que comiaEm que pedia para ir lá fora,Em que levava e dava pontapé.A língua, breve língua entrecortadaDo namoro com a prima.O português são dois; o outro, mistério.Fonte: Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2017.No estudo de caso apresentado para a disciplina Linguística I refletimos sobre o “ensino” da língua portuguesa brasileira (LPB) amparado pela gramática tradicional (ou normativa, ou prescritiva), seguido de alguns modelos de textos multimodais que podem (ou não) auxiliar professores a mediar reflexões sobre a língua a partir de outros modelos de aplicação teórica e exemplos retirados do cotidiano. Sem menosprezar o valor histórico da gramática tradicional, desde que seja objeto de um debate contextualizado de resgate histórico da formação da língua que hoje falamos aqui no Brasil, bem como a defesa de formação de professores de língua competentes, críticos e atentos aos acontecimentos atuais dos setores sociais, políticos, econômicos, etc, apresentamos propostas que você pode aceitar, refutar ou mesmo reconstruir sobre a (d)eficiência do ensino da LPB, a partir da gramática tradicional, bem como apresentar propostas/sugestões de outros métodos de “ensino”. Afinal, você, enquanto futuro professor de linguística, jamais poderá deixar de ser um empreendedor que faça da língua seu nicho de atuação diante de um mercado em que a educação também entra na competitividade, mas sem perder sua qualidade e seu compromisso de formar cidadãos críticos e que saibam interpretar para além das opiniões cristalizadas do senso comum massificado.Linguistas consagrados como Possenti (1996), Bagno (2013), Antunes (2003; 2007) e Orlandi (2009), defendem a supremacia de educadores de língua(s) que tenham como dever de ofício refletir sobre a língua materna dos educandos, mas sem desconsiderar o que ele já sabe sobre ela (a gramática internalizada).A partir do poema, seu material didático e da reflexão apresentada no estudo de caso, elabore um texto de 12 a 15 linhas, no qual esteja explicitada sua defesa ou refutação do uso da gramática tradicional nas reflexões sobre a língua em aulas de português brasileiro. Se defender, justifique com um exemplo prático. Se refutar, apresente outro modelo e não deixe de apresentar um exemplo que comprove a eficácia do seu método.
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Por muito tempo, a gramática tradicional foi ensinada ao pé da letra nas salas de aula. O critério de certo e errado predominava nas aulas de Português. Não se dava ao estudante a oportunidade de se refletir sobre a língua, pois a gramática, da forma como era ensinada, não dava espaço para esse tipo de exercício.
Mas o tempo vai passando e novos conceitos vão surgindo. Temos importantes estudiosos que defendem que a língua deve sim ser objeto de reflexão e que a gramática internalizada deve ser valorizada. Isso faz faz da educação não sistematizada, aquela recebida em casa e que faz parte da cultura linguística do indivíduo.
O "certo e o errado" deve dar vez para o "adequado e o inadequado". Em determinados contextos, faz-se o uso da linguagem formal, em outros, é permitido a linguagem informal, coloquial, a do dia a dia. Isso deve ficar claro aos alunos.
O ensino de gramática também pode proporcionar prazer a partir do momento que o professor fazer da vivência dos alunos como introdução do estudo de português. Temos aí inúmeros gêneros textuais, para todos os gostos.
A gramática normativa deve ser banida? Claro que não. Ela deve ser bem utilizada. É essa a orientação que precisa ser passada aos estudantes de licenciatura e colocada em prática durante os estágios. Com uma boa formação, aquela voltada para o educando, pode garantir bons professores de Língua Portuguesa.
Espero ter ajudado.
Mas o tempo vai passando e novos conceitos vão surgindo. Temos importantes estudiosos que defendem que a língua deve sim ser objeto de reflexão e que a gramática internalizada deve ser valorizada. Isso faz faz da educação não sistematizada, aquela recebida em casa e que faz parte da cultura linguística do indivíduo.
O "certo e o errado" deve dar vez para o "adequado e o inadequado". Em determinados contextos, faz-se o uso da linguagem formal, em outros, é permitido a linguagem informal, coloquial, a do dia a dia. Isso deve ficar claro aos alunos.
O ensino de gramática também pode proporcionar prazer a partir do momento que o professor fazer da vivência dos alunos como introdução do estudo de português. Temos aí inúmeros gêneros textuais, para todos os gostos.
A gramática normativa deve ser banida? Claro que não. Ela deve ser bem utilizada. É essa a orientação que precisa ser passada aos estudantes de licenciatura e colocada em prática durante os estágios. Com uma boa formação, aquela voltada para o educando, pode garantir bons professores de Língua Portuguesa.
Espero ter ajudado.
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