Português, perguntado por enzomozinho, 4 meses atrás

Leia o texto para responder as questões 4 a 8. Biografia romanceada de Floriano Peixoto reflete sobre dilemas do Brasil atual"O marechal de costas", de José Luiz Passos, recorre à Proclamação da República para pensar a crise atual do país, novamente governado por um viceO escritor pernambucano José Luiz Passos vive há mais de 20 anos nos Estados Unidos, onde leciona literatura brasileira na Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), mas visita o Brasil todo ano. Nessas ocasiões, passeia por sebos e arquivos à procura de fontes primárias para suas pesquisas sobre o século XIX – ele é um estudioso de Machado de Assis. Numa dessas viagens, ele esbarrou num panfleto antigo chamado A execução de Silvino de Macedo, no qual um advogado defende um dos marinheiros da Revolta da Armada, acusado de traição e fuzilado por ordem do então presidente Floriano Peixoto (1839-1895). O “Marechal de Ferro”, eleito vice-presidente logo após a Proclamação da República, assumiu o país em 1891, depois da queda de Deodoro da Fonseca, que renunciara em meio a uma aguda crise política. Para os marinheiros, Floriano era ilegítimo e traíra a Constituição, que previa novas eleições em caso de renúncia presidencial. Essa história dos primórdios da República pareceu muito atual a Passos, surpreendido pela polarização política do país, tomado por manifestações e governado por um vice reservado que sofre acusações de ilegitimidade por parte de seus adversários. “Aquele panfleto faz eco ao clima político atual e a essa sensação de que fomos traídos pelos nossos governantes”, diz.Passos uniu as duas pontas da história da República em O marechal de costas (Alfaguara, 200 páginas, R$ 44,90), uma biografia romanceada de Floriano na qual Dilma Rousseff, Napoleão Bonaparte e Pedro II fazem figuração. Passos mistura a biografia de Floriano com uma conversa entre uma cozinheira, possível bisneta do marechal, e um professor falastrão que aprecia citações em latim e bons vinhos. A Guerra do Paraguai, as Jornadas de Junho, a Proclamação da República e o impeachment de Dilma são as bases factuais do livro. Passos se apoiou numa vasta bibliografia do Exército que exalta o vigor físico do marechal, sua destreza no manejo da espada e sua pontaria precisa. (...)“Quem quer que seja vice, aspira ser Floriano”, diz o professor do livro. O marechal foi um vice com força política desde o princípio. A primeira eleição presidencial brasileira foi realizada por uma Assembleia Constituinte, que elegeu presidente e vice em votações separadas. Floriano, vice na chapa de Prudente de Morais, obteve 153 votos, mais do que Deodoro, presidente eleito com 129 votos. O proclamador da República ressentiu-se do sucesso do novo vice, que nem sequer fora seu companheiro de chapa. Deodoro enfrentou um legislativo duríssimo e renunciou oito meses depois da posse. Assumiu Floriano, que conduziu o país com punhos de ferro, decretou estado de sítio e esmagou revoltas de marinheiros e federalistas a fim de consolidar a República. Era tão calado que Euclides da Cunha disse que o marechal era uma esfinge. “Floriano derrotou definitivamente os monarquistas e abriu caminho para os novos e dinâmicos interesses agroexportadores que controlariam o poder até 1930”, diz o historiador Guillaume de Saes, autor de O desenvolvimento brasileiro segundo a visão militar (1880-1945).Deodoro e Floriano representavam projetos políticos distintos. O presidente acenava para figuras políticas saudosas do Império. O vice defendia a radicalização da proposta republicana. “Floriano representava os oficiais que derrubaram a monarquia, eram hostis à ordem escravocrata e defendiam a modernização do Brasil”, afirma Saes. No romance, o caladão Floriano emerge como uma espécie de Capitu: ele traiu ou não? Antes de assumir a Presidência, Floriano já havia mudado de lado. Ele fora um dos homens de confiança de Pedro II, mas apoiou a quartelada que derrubou a monarquia. “É o dilema de todo vice: continuar o projeto político do presidente ou implantar um projeto seu”, diz Passos, que, hoje, vê a reencenação desse drama no teatro da política brasileira.O marechal de costas se insere numa tradição, popular nas literaturas latino-americana e anglo-saxã, de recorrer à ficcionalização de personagens históricos para refletir sobre a formação política de um país. Na falta de um grande romance político sobre a transição democrática ou a Era Lula, o livro de Passos reflete sobre a atual crise da República ao contar a história do parto desse regime, quando a sombra de um vice silencioso se projetava sobre um país dividido. RUAN DE SOUSA GABRIEL28/10/2016 - 08h00 - Atualizado 09/11/2016 18h03Revista Época 4) Que elementos abaixo comprovam que o livro em questão é uma biografia romanceada?

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Respondido por silzangelasanches86
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Resposta:

CONCORDO, PORQUE VOCÊ E INTELIGENTE?

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