Português, perguntado por JabirocoBR, 2 meses atrás

Leia o texto para responder as questões 1 até 9:

Dormir fora de casa faz seu cérebro permanecer em alerta

Dormir fora de casa pode não ser muito confortável mesmo se tivermos o melhor cama do mundo. Pesquisa mostra o “efeito de primeira noite” no nosso cérebro.
Dificuldade em dormir fora de casa é tão comum que os neurocientistas têm um nome para isso: o “efeito de primeira noite” (FNE).

Nova pesquisa mostra FNE é basicamente o equivalente neurológico de dormir com um olho aberto.

Quando você vai dormir pela primeira vez em um novo ambiente apenas metade do seu cérebro realmente descansa, de acordo com um estudo recentemente publicado na revista Current Biology.

Os pesquisadores testaram pessoas dormindo em um novo ambiente medindo a sua atividade cerebral na terceira fase do sono Não-REM (NREM 3), que é o estágio mais profundo do ciclo do sono.

Em seu primeiro experimento, os pesquisadores descobriram que os indivíduos que dormem fora de casa tiveram muito mais atividade no hemisfério esquerdo de seus cérebros do que no hemisfério direito na primeira noite de sono, o que indica que o hemisfério esquerdo permaneceu relativamente alerta para o ambiente circundante.

Quando os indivíduos dormiam no mesmo lugar em uma segunda noite, a assimetria foi embora e os dois hemisférios descansaram tranquilamente.

Dormir fora de casa – Animais dormem com 50% do cérebro “ligado”
Muitas aves e mamíferos aquáticos, incluindo golfinhos e leões-marinhos, dormem assim o tempo todo. Eles descansam apenas metade de seus cérebros plenamente, conhecido como sono uni-hemisférico de ondas lentas, de modo que eles podem ficar alerta para possíveis ameaças enquanto dormem.


Para testar se o padrão de sono assimétrica exibido por seres humanos que dormem em ambientes desconhecidos serve a mesma função, os investigadores examinaram se a característica do sono mais leve do FNE fez os seres humanos dormir mais reativo a estímulos externos.

Para fazer isso, os pesquisadores pediram aos indivíduos para tocar seus dedos quando acordarem depois de ouvir sons enquanto dormiam.

Os voluntários dormiram por duas noites no mesmo lugar, e os pesquisadores disparavam sons ambas as noites.

O tempo de reação a partir de um som de uma torneira foi significativamente mais rápido no primeiro dia em relação ao dia dois. Isto indica que o cérebro não só é mais perceptível devido ao FNE, mas que também pode, na verdade, despertar mais rápido.

Ainda sobram perguntas
Os pesquisadores não sabem ao certo porque FNE faz com que o hemisfério esquerdo do cérebro fique alerta, em vez do hemisfério direito, mas eles dizem que pode ser porque os hemisférios são ligados de forma diferente.

As conexões neurais entre a parte do cérebro na qual ocorre o sono profundo, conhecida como a rede de modo padrão, e o resto do cérebro são mais fortes no hemisfério esquerdo. Isso pode tornar a vigília no hemisfério esquerdo mais útil do que o estado de vigília no hemisfério direito, como as conexões mais fortes podem produzir respostas mais rápidas aos estímulos percebidos durante o sono.

Mesmo o nível de conforto da cama parece não importar quando se trata de dormir em um novo ambiente. “Em nosso estudo, foram coletados relatórios subjetivos de desconforto”, diz Yuka Sasaki, um dos pesquisadores que conduziram o estudo.

“Ninguém realmente indicou desconforto na primeira sessão, mas todos demonstraram FNE.”

Em conjunto, estes resultados sugerem que o sono assimétrico ao dormir fora de casa, em um novo ambiente, é um mecanismo de proteção dos seres humanos, tal como o é nos animais. Mas, felizmente, parece que os seres humanos são capazes de voltar a dormir profundamente, uma vez que estão familiarizados com um novo local

Perguntas:

1. Qual a principal tese defendida no texto jornalístico lido?

2. Resuma o experimento feito pelos cientistas para testar sua hipótese

3. Qual foi a intenção do jornalista ao citar a revista Current Biology na reportagem?

4. No primeiro parágrafo do texto, o jornalista usou aspas. Qual é a razão desse uso?

5. As aspas aparecem em um subtítulo do texto na palavra "ligado". O que motivou o jornalista a colocá-las nesse termo?

6. Na reportagem, o jornalista empregou aspas no trecho "Ninguém realmente indicou desconforto na primeira sessão, mas todos demonstraram FNE." Explique o motivo de tal uso.

7. O texto lido pertence ao gênero reportagem. Que dife renças há nesse texto em relação a uma notícia?

8. Comparando-se esse texto com a reportagem "Dormir fora de casa pode ser tormento para criança", pode-se dizer que eles apresentam informações semelhantes ou discordantes? Justifique.

9. No texto, é empregado o termo "vigília", que não é tão comum no nosso vocabulário. Analisando o contexto em que foi empregado, infira o significado desse termo e, em seguida, consulte um dicionário para verificar se sua resposta está correta.

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Soluções para a tarefa

Respondido por halana52
0

Resposta:

1 - O texto defende que nosso sono muda quando dormimos em um lugar pela primeira vez, pois ficamos mais alertas.

2 - Para testar sua hipótese, os cientistas colocaram pessoas para dormir em um lugar pela primeira vez. Durante o sono dessas pessoas, os cientistas faziam barulhos e observavam se elas acordavam.

3 - Ao citar uma revista internacional de divulgação científica, o jornalista procura dar credibilidade ao texto, mostrando que está amparado por pesquisas sérias.

4 - As aspas foram empregadas para sinalizar o nome que os cientistas dão a determinado tipo de sono.

5 - Com as aspas, o jornalista mostra que está usando a palavra com um significado diferente do habitual. Estar ligado é uma característica de aparelhos eletrônicos, não do cérebro.

6 - O jornalista empregou as aspas nesse trecho para indicar que se trata da fala de outra pessoa, o pesquisador Yuka Sasaki, não do próprio autor.

7 - A reportagem se diferencia da notícia por não tratar de um fato recente e não depender do imediatismo para que seu sentido seja apreendido. É por isso que a reportagem também apresenta dados, entrevistas e detalhes sobre o assunto que não estão presentes em uma notícia.

8 - Ambas as reportagens apresentam informações semelhantes, pois mostram que dormir fora de casa não é uma atividade simples. Tal situação coloca o cérebro em alerta e deixa as pessoas mais desconfortáveis do que dormir em casa, onde elas estão habituadas.

9 - Trata-se do estado de quem fica desperto durante a noite.

Explicação: São respostas da própria apostila, pois faço pelo computador e já vejo a resposta certa.

Respondido por 4leph
1

Questão 1 - A principal tese é a de que quando humanos dormem em um ambiente diferente do seu habitual, na primeira noite, o lado esquerdo do cérebro fica mais alerta e não existe sono profundo.

Abaixo o desenvolvimento das outras questões, mais complexas.

Efeito da primeira noite

Questão 2 - Os cientistas usaram humanos para fazer a experiência: os colocaram para dormir em um ambiente estranho e mediram suas atividades cerebrais durante o sono para testar se eles, humanos, como alguns animais ditos irracionais, também podem ficar mais alertas em um lado do cérebro durante o sono.

Questão 3 - Dar credibilidade à matéria.

Questão 4 - Destacar do texto o nome dado pelos neurocientistas ao First Night Effect, ou FNE, que em português seria a passagem entre aspas.

Questão 5 - Ligado tem o sentido denotativo de estar em funcionamento, e o conotativo de prestar atenção e outros mais. As aspas servem para destacar a polissemia.

Questão 6 - Destacar a fala de Yuka Sasaki sem usar travessão, ou a introdução "Yuka Sasaki disse que...".

Questão 7 - A notícia comum se difere da reportagem porque deveria ser um texto informativo e impessoal, sem teor opinativo, de um fato recente - ou seja, tem prazo de validade.

⇒O que é característico das reportagens como esta é o caráter mais atemporal e opinativo, porque o autor defende uma tese, neste caso, baseada em fatos.

Questão 8 - Apresentam informações semelhantes apenas no contexto de que ambos tratam em certa medida da ansiedade causada pelo dormir fora de casa, mas diferem do ponto de vista científico:

⇒Na reportagem que cita FNE, tem-se dados quantitativos e qualitativos referentes a determinado grupo, características de uma pesquisa científica.

⇒No segundo texto, aparecem apenas algumas citações genéricas esparsas de que pode ou não ocorrer com crianças e adolescentes, sem dados quantitativos e qualitativos.

Questão 9 - Sem necessidade de verificar no dicionário infere-se do texto que vigília é o estado oposto ao do sono, o estado de alerta em que (pensa-se) estar fora do sono. Fora do texto tem outros significados, como o de montar guarda, vigiar algo ou alguém, etc.

Mais sobre interpretação de textos aqui: https://brainly.com.br/tarefa/20529103

#SPJ1

Anexos:
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