Leia o texto "O primeiro amor e vivido em fantasia", de Flávio Gikovate.
Como regra geral, nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho. A pessoa que desperta em nós todo o sentimento, toda a vontade de agradar e de se dedicar nos mínimos detalhes, toda a vontade se aconchegar e ser aconchegado, na maior parte das vezes nem sabe do nosso amor por ela. Não temos coragem de contar, pois o amor é fogo que arde de medo da rejeição. Não queremos também, contudo, a aceitação, pois isso nos levaria a um relacionamento real para o qual não estamos preparados. Ou seja, não contar interessa nos dois casos. Se algum amigo superíntimo fica sabendo e faz alguma brincadeira a respeito, ficamos com o rosto vermelho, negamos tudo e fingimos indignação. A outra pessoa, a amada, fica sem saber se é gozação ou se é verdade. Melhor assim. Tudo se passará apenas na cabeça da gente, longe dos riscos da vida real.
No sonho é claro que somos correspondidos. Beijamos e somos beijados. Pesseamos, de mãos dadas, por jardins floridos. Sentamos na grama e nos olhamos com olhar de encantamento amoroso. Dizemos coisas bonitas para o outro, falamos das virtudes do outro. Não cansamos de elogiar a pessoa amada.
[...] Se pensamos bem, o sonho romântico não é muito criativo. Quase sempre é a mesma história. As variações são mais de cenário e figurino: uns preferem a montanha, outros a praia. Uns preferem saias rodadas, outros as calças jeans. O amor é o prazer da companhia, os elogios que esse prazer constuma trazer para nossos lábios, e também a insegurança - o medo de perder a pessoa que nos traz a toda a felicidade. Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento: "Vou amar você pra sempre. Vou dizer toda hora que amo você. Se você me largar, eu morro" etc. Sempre que estivéssemos vivendo uma história extraordinária. A verdade, no entanto, é que é uma "história extraordinária" exatamente igual a todas as outras histórias de amor! E isso não faz mal algum porque é bom do mesmo jeito.
1) Esse texto demonstra a intenção de:
A) Apontar os sentimentos das pessoas em relação ao mundo.
B) Justificar a presença de sentimentos e caridade pessoal.
C) Procurar informar e esclarecer as pessoas sobre os assuntos e relacionamentos humanos.
D) Questionar as falhas e o comportamento humano.
2) Nesse texto no trecho "...o amor é fogo que arde de medo da rejeição." O recurso estilístico usado foi a
A) comparação de ideias.
B) contraposição de palavras.
C) comparação implícita entre termos semelhantes.
D) intensificação de sentimentos.
E) repetição de termos.
3) Qual trecho apresenta a opinião do autor?
A) " ...nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho...".
B) "...o medo de perder a pessoa que nos traz a toda a felicidade".
C) "Assim sendo, uma parte do discurso é de reasseguramento...".
D) "E isso não faz mal algum porque é bom do mesmo jeito".
4) Nesse trecho do texto "...(pois) isso nos levaria a um relacionamento...". O termo em destaque entre parêntese estabelece uma relação de
A) adição
B) conclusão.
C) explicação.
D) oposição.
5) No fragmento “(Vou) amar você pra sempre”. O verbo em destaques entre parêntese é
A) Regular, pois obedece a conjugação de radical e terminações de acordo com a pessoa, número e tempo verbal.
B) Regular, pois ocorre mudanças no radical e terminações de acordo com a pessoa, número e tempo verbal.
C) Irregular, pois ocorre mudanças no radical e terminações de acordo com a pessoa, número e tempo verbal.
D) Irregular, pois obedece à conjugação de radical e terminações de acordo com a pessoa, número e tempo verbal.
Leia o texto "Até quando?", de Gabriel, o Pensador.
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
6) O texto “Até quando?” foi construído com a linguagem ( verbal, linguagem não verbal ou linguagem mista). Justifique sua resposta.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1 - B
2 - D
Explicação: confia ai pow
1) Alternativa b)
"Justificar a presença de sentimentos e caridade pessoal"
O texto fala sobre como o "primeiro amor" (sentimento) surge e é idealizado e como é da sua natureza não se concretizar.
2) Alternativa c)
"Comparação implícita entre termos semelhantes"
Quando o autor pontua que, "O amor é fogo..." ele estabelece de pronto uma comparação indireta.
Ademais, nesse trecho há uma marca de intertextualidade, com a conhecida passagem do soneto de Luiz Vaz de Camões, "O amor é fogo que arde sem se ver".
Nesse texto o autor complementa com o "o amor é fogo que arde de medo da rejeição", em uma evidente troca de termos.
3) Alternativa a)
"Nosso primeiro grande amor é uma espécie de sonho"
Marcam a opinião do autor a presença do termo "nosso" e do adjetivo qualificador "grande"
4) Alternativa b)
"conclusão" - A conjunção "pois", exprime a ideia de conclusão em relação ao termo anterior.
5) Alternativa c)
"Irregular, pois ocorre mudanças no radical e terminações de acordo com a pessoa, número e tempo verbal."
O verbo se apresenta no presente do indicativo, e as demais conjugações seriam
- Eu vou
- Tu vais
- Ele vai
- Nós vamos
- Vós ides
- Eles vão
6) Linguagem verbal.
Pois o autor transmite a mensagem através da escrita, e não de imagens ou símbolos, que caracterizariam a linguagem não-verbal.
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