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O poço
Ali pelas onze horas da manhã o velho Joaquim Prestes chegou no pesqueiro. Embora fizesse força em se mostrar amável por causa da visita convidada para a pescaria, vinha mal-humorado daquelas cinco léguas de fordinho cabritando na estrada péssima. Aliás o fazendeiro era de pouco riso mesmo, já endurecido por setenta e cinco anos que o mumificavam naquele esqueleto agudo e taciturno.
O fato é que estourara na zona a mania dos fazendeiros ricos adquirirem terrenos na barranca do Mogi pra pesqueiros de estimação. Joaquim Prestes fora dos que inventaram a moda, como sempre: homem cioso de suas iniciativas, meio cultivando uma vaidade de família – gente escoteira por aqueles campos altos, desbravadora de terras. Agora Joaquim Prestes desbravava pesqueiros na barranca fácil do Mogi. Não tivera que construir a riqueza com a mão, dono de fazendas desde o nascer, reconhecido como chefe, novo ainda. Bem rico, viajado, meio sem quefazer, desbravava outros matos.
ANDRADE, Mário de. O Poço. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2020.
Vocabulário:
cabritando: pulando, saltitando.
cioso: ciumento, cuidadoso, zeloso.
barranca: margem, ribanceira, barranco.
No trecho lido, o principal elemento da narrativa apresentado é:
A Espaço, descrevendo os pesqueiros desbravados pelo fazendeiro.
B Tempo, descrevendo com precisão o momento em que a narrativa acontece.
C Espaço, descrevendo com detalhes a fazenda de Joaquim Prestes e seus entornos.
D Personagem, descrevendo Joaquim Prestes como um homem mal-humorado e rico.
E Personagem, descrevendo Joaquim Prestes como um homem amável e de riso fácil.
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Resposta:
D Personagem, descrevendo Joaquim Prestes como um homem mal-humorado e rico.
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