Leia o texto.
"Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social tradicional (...).Por outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada (...)."
ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista.
Na perspectiva de Anderson, o Estado absolutista significou um rompimento drástico com relação à
politica característica do período feudal. Descreva essas transformações.
Soluções para a tarefa
Antes de tudo vale lembrar que o autor afirma justamente o contrário neste pequeno trecho que acompanha as questões: o absolutismo nada mais foi, para ele, que uma reformulação da estrutura política do feudalismo.
De qualquer modo, podemos apresentar como rompimentos do período a centralização política e a formação de um aparato nacional mais sofisticado. No primeiro caso isto se deu pelo fim da instituição da vassalagem e por um controle mais direto por parte dos Reis aos territórios que compunham os reinos, realizado agora por funcionários pessoalmente leais aos reis e não mais por senhores hereditários que há séculos haviam ali estabelecido o seu poder.
No segundo criou-se, em torno da pessoa do Rei, todo um sistema de indicações e apadrinhamentos que permitia, aos favorecidos pelo Rei, de estabelecer as suas políticas a nível nacional, com o apoio de um Estado que tinha amplos recursos.