Português, perguntado por acsr4, 7 meses atrás

Leia o texto: De um jogador brasileiro a um técnico espanhol João Cabral de Melo Neto Não é a bola alguma carta que se leva de casa em casa: é antes telegrama que vai de onde o atiram ao onde cai. Parado, o brasileiro a faz ir onde há-de, sem leva e traz; com aritméticas de circo ele a faz ir onde é preciso; em telegrama, que é sem tempo ele a faz ir ao mais extremo. Não corre: ele sabe que a bola, Telegrama, mais que corre voa. (Disponível em: Acesso em: 12 out. 2011.) (G1 - ifpe 2012) Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa correta.

Soluções para a tarefa

Respondido por gf288360
5

Explicação:

João Cabral de Melo Neto talvez seja o poeta brasileiro que mais escreveu sobre futebol. Gostava muito do esporte e chegou a jogar como meio-campista no juvenil do Santa Cruz, campeão da sua categoria em 1935. O poeta dizia que seu interesse no jogo tinha terminado na adolescência, mas o tema é encontrado amiúde em seus livros. Por exemplo, em Museu de Tudo, coletânea de 1975, quatro poemas falam de futebol. O primeiro deles, tocante, é O Torcedor do América F.C., que flagra o sentimento dos que torcem por times pequenos e começa com estas palavras: “O desábito de vencer...”. Mas João Cabral também louvou os vencedores em seus versos, caso de Ademir da Guia, nome que é título de um dos seus poemas. O poeta tentou traduzir em palavras os ritmos e gingas da era de ouro de nosso futebol, já que entre 1958 e 1970 o poeta passou dos 38 aos 50 anos de idade, e estava no pleno domínio de sua capacidade de se encantar e formatar em versos os sortilégios da bola. Ouçamos, como bom exemplo, o poema de rimas toantes intitulado De um jogador brasileiro a um técnico espanhol. 

João Cabral de Melo Neto

De um jogador brasileiro a um técnico espanhol

Não é a bola alguma carta

que se leva de casa em casa:

é antes telegrama que vai

de onde o atiram ao onde cai.

Parado, o brasileiro a faz

ir onde há-de, sem leva e traz;

com aritméticas de circo

ele a faz ir onde é preciso;

em telegrama, que é sem tempo

ele a faz ir ao mais extremo.

Não corre: ele sabe que a bola,

Telegrama, mais que corre voa.

 

Respondido por adrianapatricia72
3

Resposta: Alternativa C

Explicação: O sujeito simples "brasileiro" da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo pronome "ele".

"ele" (o brasileiro) faz ir onde é preciso.

"ele" (o brasileiro) a faz ir onde é preciso.

"ele" (o brasileiro) sabe que a bola.

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