Leia o texto crítico abaixo.
No plano da invenção ficcional e poética, o primeiro reflexo sensível é a descida de tom no modo de o escritor relacionar-se com a matéria de sua obra. O liame que se estabelecia entre o autor romântico e o mundo estava afetado de uma série de mitos idealizantes: a natureza-mãe, a natureza-refúgio, o amor-fatalidade, a mulher-diva, o herói-Prometeu, sem falar na aura que cingia alguns ídolos como a “Nação”, a “Pátria”, a “Tradição”, etc. O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica; nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideo-afetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita “realista”. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século. (Alfredo Bosi, História concisa da literatura brasileira.)
O fim do século XIX foi palco de uma produção literária em prosa bastante diversa. Aponte as semelhanças e as diferenças entre as estéticas Realista e Naturalista, e explique como se contrapunham ao Romantismo. *
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As estéticas literárias realista e naturalista eram altamente contrárias à ideia do romantismo porque pregavam diferentes ideais.
Dentre estes, pode-se evidenciar: O romantismo defendia a subjetividade, o escapismo, juntamente com nacionalismo e a presença de personagens altamente idealizados.
Já o realismo defendia o predomínio da razão, o distanciamento social, além da grande ênfase que deve ser dada à realidade.
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