Leia o texto : Confidências do itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade
e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e
sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: . Acesso em: 21 maio 2012. (P090443D3_SUP)
Questão 2 - Em relação à cidade de Itabira, o eu lírico expressa um sentimento de
(A) amor
(B) desespero
(C) indiferença
(D) saudade
(E) dor
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Letra D) Saudade
Expresso nos versos:
“E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana”
“De Itabira trouxe prendas diversas...”
“Itabira é apenas uma fotografia na parede, mas como dói”
Expresso nos versos:
“E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana”
“De Itabira trouxe prendas diversas...”
“Itabira é apenas uma fotografia na parede, mas como dói”
Dio4Carioca:
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