Português, perguntado por jribeironeto, 8 meses atrás

Leia o texto abaixo.
Texto 1 O casaco de listras azuis Era a década de setenta, e o Pintor [...] decidiu que iria fazer o retrato do Amigo. E porque o Amigo era especial, também especial deveria ser o retrato. Os filhos do Amigo, crianças curiosas, acompanhavam a figura do pai que, pouco a pouco, caprichosamente, ia aparecendo no papelão que, noite após noite, dormia no tripé improvisado da sala. E, então, depois de certo tempo, o retrato ficou pronto. Se, como Michelangelo [...] o Pintor ordenasse “parla!”, a obra falaria, tamanha a sua pequena perfeição. Os cabelos parados no desenho pareciam voar, o sorriso tinha certa ironia misteriosa e o olhar maroto [...] dava conta de que o Amigo se divertia enquanto era retratado. E o casaco de listras azuis! Ah, quem comparasse de perto o casaco verdadeiro com o seu desenho não conseguiria enxergar diferença entre um e outro. [...] (Depois de um tempo, a vida e as correrias afastaram um pouco o Pintor e o Amigo. Seguiram ambos ganhando o mundo, a vida. O Pintor, dividido entre duas casas. E o Amigo, supersticioso que era, deixou de usar azul depois que duas ou três coisas meio ruins lhe aconteceram quando vestia esta cor.) Tantos anos depois, o retrato ainda está lá, vivo, na parede. E, tantos anos depois, o Pintor e o Amigo (meu pai) também estão lá, vivos, no retrato. SCHNEIDER, Henrique.
Disponível em: . Acesso em: 16 nov. 2015. Fragmento
QUESTÃO 1. No último parágrafo do Texto, os parênteses foram usados para: A) ( ) apresentar uma explicação.
B)( ) citar um trecho de um livro.
C) ( ) descrever uma sigla.
D) ( ) destacar um exemplo.
QUESTÃO 2. No Texto, no trecho “... pouco a pouco, caprichosamente, ia aparecendo no papelão...”
A) ( ) dúvida.
B) ( ) modo.
C) ( ) negação.
D) ( ) tempo.
QUESTÃO 3. Leia esse fragmento do romance O menino sem imaginação do autor Carlos Eduardo Novaes: [...] Maria botou o jantar e pela primeira vez, desde que nasci, vi toda a família reunida à volta da mesa. – Como nos velhos tempos! – exclamou o vovô satisfeito. Ele disse que no passado era assim: as pessoas sentavam juntas, conversavam e trocavam ideias na hora das refeições. Disse que foi a chegada da televisão que provocou uma debandada geral. Eu fiquei calado, mas me irrita muito ver alguém falando mal da televisão. Para mim ela apenas permitiu que cada um comesse quando quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a sentir fome à mesma hora. – Vamos conversar sobre o quê? – perguntou o vovô; que não obtendo resposta continuou: – Não podemos perder esta oportunidade. Ela talvez não se repita nunca mais. – Qualquer coisa – resmungou mamãe desinteressada. – Eu queria fazer um comentário sobre o jogo… – Ah! Futebol não! – mamãe cortou a frase de papai. [...] – Existe algum tema mais relevante do que o sumiço da televisão? – indagou titia. – Ah! Eu não aguento falar mais sobre isso! – disse papai. – Nem eu! – concordou a mana. E mergulhamos todos num longo silêncio. Eu havia colocado Fantástica sobre o aparador, na minha frente, mantendo seu controle remoto ao lado do meu prato, como um talher. Não acreditava que a TV fosse demorar muito mais fora do ar, porque papai falou que os donos das emissoras são poderosos “e logo vão dar um jeito nisso”.
NOVAES, Carlos Eduardo. O menino sem imaginação. ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.
Qual das personagens é o narrador?
a) ( ) O menino.
b) ( ) O papai.
c) ( ) A mãe.
d) ( ) O vovô.
QUESTÃO 4: Leia o texto abaixo.
O laço e o abraço Meu Deus! Como é engraçado! Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor e a amizade são isso... Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço! QUINTANA, Mário. Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2013.
De acordo com a primeira estrofe desse texto, o que acontece quando a ponta do laço é puxada?
A) ( ) A fita dá voltas.
B) ( ) As bandas ficam livres.
C) ( ) O abraço se desfaz.
D) ( ) Os pedaços são perdidos

Soluções para a tarefa

Respondido por disfacebeka
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Resposta:

1) Altenativa correta é (A) apresentar uma explicação.

2) Altenativa correta é (D) tempo.

3) Alternativa correta é (A) o menino.

4) Alternativa correta é (C) p abraço se desfaz.

Espero ter ajudado!!!

Bons estudos!!!


jribeironeto: Obrigado
disfacebeka: Dinada
Respondido por jalves26
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1. No último parágrafo, os parênteses foram usados para:

A) apresentar uma explicação

> Os parênteses em "(meu pai)" foram usados para esclarecer quem era o Amigo referido pelo narrador. Assim, os parênteses foram usados com função explicativa.

2. A palavra "caprichosamente" estabelece relação de:

B) modo.

> O termo "caprichosamente" indica o modo como a pintura do pai ia surgindo no papelão. Essa pintura vinha surgindo de modo caprichado. Trata-se, portanto, de um advérbio de modo.

3. O narrador do texto é:

a) O menino.

> Como o próprio título do texto indica, o protagonista da história é o menino. A história é contada sob o ponto de vista dele. Além disso, há outros indícios de um narrador infantil, como o fato de se referir aos parentes por "vovô", "papai", "mamãe", "titia", "mana".

4. O que acontece quando a ponta do laço é puxada é:

C) O abraço se desfaz.

> Os seguintes versos comprovam a resposta: "E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço."

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