Leia o texto abaixo.
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Nos versos “E rir meu riso e derramar meu pranto/Ao seu pesar ou seu contentamento”, as oposições entre palavras de sentido contrário foram usadas para mostrar que o eu lírico
A) espera por um amor verdadeiro e fiel.
B) ficará triste com os momentos de alegria da pessoa amada.
C) gosta de fazer a pessoa amada sorrir.
D) será solidário a pessoa amada na alegria e na tristeza.
E) teme os maus momentos da relação.
Soluções para a tarefa
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E) teme os maus momentos da relação.
O eu lírico utiliza algumas expressões que fazem relações opostas entre si. O ato de gargalhar e o choro são representações dos sentimentos extremos do ser humano. O pesar e o contentamento também fazem essa relação.
Os maus momentos da relação que o existem nos versos são identificados pelo pranto do eu lírico e o pesar durante o relacionamento.
O eu lírico é a voz de algum poema ou verso. Esta voz pode ou não ser do autor, podendo representar qualquer ser que experimenta alguma relação ou experiência.
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