Leia o texto abaixo.
Sobre a amizade em tempos de vida adulta (ou: sobrevivendo às irreais expectativas criadas por Friends)
[...] Já fazia algum tempo que eu estava com vontade de escrever sobre as expectativas irreais de amizade que séries como Friends [...] colocaram na nossa cabeça. Pra algumas pessoas, aquilo pode até ser a realidade, mas – pra grande maioria – acredito que não. A vida adulta não permite que você consiga reunir seus 5 amigos [...] em um café simplesmente para bater papo [...]. No mínimo, teria um trânsito pra impedir que um chegasse, o outro teria que ir ao mercado e fazer uma faxina na casa, talvez algum nem sequer fizesse do bate-papo no café uma prioridade, porque está focado na carreira, [...] porque está simplesmente cansado e quer ir pra casa. [...]
Já cansei de ouvir pessoas dizendo que podem passar anos sem falar com um amigo, mas continuam sentindo a mesma amizade – e, quando se encontram, a conexão funciona com a mesma força que antes. Para mim, isso não existe. [...] No meu mundo, amizade é construção constante. [...] É disposição para estar lá e acompanhar as mudanças de alguém, enquanto você muda também, e vocês vão reajustando as compatibilidades conforme caminham. Se não existir essa contínua tentativa de reajuste, é muito fácil se perder de alguém. [...]
Mais uma vez, essas concepções são minhas. E funcionam para mim. [...] Um tempo atrás, lembro que rolou uma polêmica na internet, porque houve uma valorização generalizada das pessoas que se abrem, que mandam mensagem, que chamam pra sair, pessoas que são “vamo? vamo” – e surgiu um grupo que disse “peraí, não é bem assim, nem todo mundo tem essa facilidade de manter contato e ser “vamo? vamo”, mas isso não quer dizer que a gente não se importe”. E é verdade mesmo, as pessoas têm formas diferentes de mostrar que se importam, de cultivar afetos, de se relacionar. Não existe uma forma certa. Mas existe, certamente, compatibilidade. Se eu valorizo o contato constante, é claro que vou ter dificuldade de manter amizade com uma pessoa que nunca encontra tempo para sair comigo [...].
Como se fosse uma faxina no armário, às vezes a gente precisa experimentar todas as nossas roupas para ver o que ainda cabe, o que precisa de ajustes e o que já não dá mais certo. E, se não dá mais certo, então o melhor é mesmo desapegar [...]. E o lado bom é que – assim como é mais fácil encontrar roupas quando se conhece o próprio corpo – fica bem mais fácil encontrar amizades compatíveis quando a gente aprende a reconhecer e acolher as nossas próprias necessidades.
No último parágrafo desse texto, para defender a ideia de que fica mais fácil encontrar amizades compatíveis quando aprendemos a reconhecer nossas próprias necessidades, o autor utiliza um argumento baseado em
a)alusão histórica.
b)citação de autoridade.
c)comparação.
d)dados de pesquisa.
e)exemplificação.
eliashi333:
Betsy Brye
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Resposta: Comparação
Explicação: Pelo fato de se utilizar do artificio das amizades COMO funcionando da mesma maneira que roupas.
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No último parágrafo, foi utilizado um argumento baseado em:
c) comparação.
Argumento por comparação
O autor do texto estabelece uma comparação entre saber conhecer as nossas próprias necessidades com conhecer o nosso corpo para encontrar a roupa certa.
É uma comparação explícita, como fica claro pelo uso da locução "assim como".
Os outros tipos de argumentos:
- a) alusão histórica - referência a um fato histórico para fundamentar a tese;
- b) citação de autoridade - baseado na citação de uma fonte confiável, como um especialista ou instituição de pesquisa;
- d) dados de pesquisa - baseado em dados estatísticos;
- e) exemplificação - tem base numa ilustração que ajuda a entender o ponto de vista.
Leia mais sobre tipos de argumentos em:
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Anexos:
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