Leia o texto abaixo, que é dissertativo, e identifique se é argumentativo ou explicativo. Justifique sua escolha explicando que características conduziram a sua decisão.
Afinal, meritocracia faz mesmo bem para as empresas?
Por Bruno Piai
O termo “meritocracia” é originário da obra The rise of the meritocracy (A ascensão da meritocracia, em tradução livre), publicada em 1958 pelo sociólogo e político britânico Michael Young. Na verdade, a palavra foi utilizada pelo autor de maneira um tanto quanto satírica. Young certamente não imaginava que o conceito criado para descrever uma sociedade distópica, cuja classe dominadora se estabelecia baseando-se em testes de QI, se transformaria num método avaliador usado de maneira bastante séria, atualmente.
No livro, apenas a classe dominadora possuía acesso a boas escolas e, consequentemente, só os integrantes dela conseguiam ir bem nos testes, perpetuando um eterno desequilíbrio social. Aí estava a crítica. O que acontece nos dias de hoje, no entanto, é considerado pelos críticos do sistema algo similar: a meritocracia não seria um método justo, uma vez que a ascensão profissional não depende exclusivamente do esforço individual, mas das oportunidades que cada pessoa teve durante a vida. Ou seja: o mérito só pode ser considerado justo de fato quando as oportunidades forem iguais para todos.
A CEO da CKZ Consultoria em Diversidade, Cris Kerr, especialista em diversidade e empoderamento feminino, defende que o modelo meritocrático pode impactar negativamente as empresas. “Muitos acreditam que a meritocracia é um sistema de hierarquização baseado nos méritos pessoais, desempenho, esforço e dedicação de cada indivíduo, mas os colaboradores de uma organização não tiveram, todos, as mesmas oportunidades de acesso à educação, por exemplo. A meritocracia fortalece, inclusive, a cultura militar instituída nas empresas e propicia um ambiente altamente competitivo com ênfase para o desempenho individual e independente”, explica.
Kerr chama a atenção, ainda, para o fato de as avaliações dentro das corporações serem muitas vezes afetadas pelos vieses inconscientes. “Há os preconceitos e vieses inconscientes, que impactam os principais processos das empresas: a seleção, a promoção e a avaliação de desempenho. Por isso, é preciso reconhecer a existência deles nas organizações e que os colaboradores, portanto, não são avaliados exclusivamente pelo processo de meritocracia”, afirma.
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Sendo assim, não podemos falar de meritocracia se nosso cérebro atua com as lentes das nossas crenças e preconceitos inconscientes. É por isso que é tão importante realizar uma pesquisa na sua empresa para descobrir quem se sai melhor nas avaliações de desempenho. Homens ou mulheres? Brancos ou negros? Além disso, é necessário procurar saber, também, se todos estão recebendo as mesmas oportunidades de participação nos projetos importantes da companhia. “Só podemos falar de meritocracia se os vieses estiverem conscientes”, finaliza a especialista.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
Argumentativo, pois além de expor uma informação, existe ainda um posicionamento do escritor em relação ao assunto, algo que fica bem claro principalmente em sua conclusão.
anaclara6472:
Mt obrigado!
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