Português, perguntado por astefanski, 7 meses atrás

Leia o texto abaixo.


Na era dos “it-babies”: despertar precoce para a moda divide opiniões entre mães e pedagogos



Mães ansiosas de celular em punho disputavam a primeira fila do desfile de encerramento do curso “Iniciação à moda para it-designers”, ministrado pela estilista Alice Tapajós [...]. Ao som da dançante “I follow rivers”, de Lykke Li, as 20 pupilas, de 6 a 12 anos, revezaram-se na passarela improvisada na sala de convenções de um hotel em Copacabana para exibir no próprio corpo os modelitos criados em sala de aula. Foram os primeiros passos no tapete vermelho de uma geração de meninas que, hoje, mais do que consumidoras, querem ser lançadoras de tendências.



– As crianças estão se ligando em moda cada vez mais cedo. Uma geração atrás, a iniciação era por volta dos 14, 15 anos – observa Alice Tapajós [...].



Enquanto aprendia a costurar na máquina, a espontânea Sofia Spolavori, de 9 anos, dividia com a amiguinha Vitoria Barcelos, de 8, o gosto pela moda.



– Amo preto e brilhos! Cor-de-rosa? Só no batom – diz Sofia [...].



Na passarela, Sofia continuou a esbanjar atitude. Sua mãe, a ex-modelo Kátia Spolavori, era só orgulho:



– Sofia é ligada à natureza. Trouxe de viagem uma bolsinha de píton, mas ela se recusou a usar dizendo que, se mataram uma cobra, ela não queria o presente.



Consciente ou não, o consumismo crescente é apontado por pedagogas como determinante na formação de minifashionistas.



– Mães, avós e madrinhas incentivam o consumo quando presenteiam as meninas com bolsas “de adulto” – adverte Verinha Affonseca, diretora pedagógica da Escola Nova. [...]



Para a psicóloga Lais Fontenelle Pereira, do Instituto Alana, a fashionização precoce põe a “sociedade do espetáculo em seu limite”.



– O surto começa com a lista do enxoval de um bebê. Fabricar um “it-baby” é uma loucura: crianças precisam de roupas práticas e confortáveis para se desenvolver. Não de uma calça de lurex dourado toda justinha – ressalta a psicóloga. – Não sou contra a moda e não acho ruim uma criança de 2 ou 3 anos escolher a sua própria roupa. Só acho que a questão da moda como forma de representação social e de comunicação está sendo esvaziada. [...] Ter um filho virou um espetáculo público nas redes sociais. Alguns momentos da vida deveriam ser mais privados – sugere Lais. – As mães estão perdendo tanto tempo publicando fotos dos filhos produzidos com paetês [...] que, às vezes, esquecem de dar carinho e atenção a eles. É um clique, um flash, uma foto. Daqui a pouco, a mãe vai comprar um vestido para a filha tirar uma foto e nunca mais vai usar aquela roupa, pois as crianças ainda crescem muito rápido.



Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2013. Fragmento.



Qual é o assunto desse texto?
A criação de roupas de grife para crianças.
A influência materna no comportamento infantil.
O desfile de moda infantil em um hotel.
O interesse precoce das crianças pela moda.

Soluções para a tarefa

Respondido por gabrieletrindadedes
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Resposta:

oxe como assim é só vc ler que entra a resposta

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