Leia o texto abaixo. Memórias de livraria Quando eu trabalhava num sebo – que, para quem nunca trabalhou num, é muito fácil imaginar como uma espécie de paraíso onde encantadores senhores idosos folheiam livros sem cessar em meio a fólios encadernados em couro de bezerro –, o que mais me impressionava era a raridade de pessoas de fato dadas à leitura. Nossa livraria dispunha de um estoque excepcionalmente interessante, no entanto duvido que dez por cento dos fregueses soubessem distinguir um livro bom de um ruim. [. ] Muitas das pessoas que nos procuravam eram do tipo que seria inconveniente em qualquer lugar, mas que encontrava oportunidades especiais numa livraria. Por exemplo, [. ] a [. ] estimada senhora que leu um livro muito bom em 1897 e gostaria de saber se poderíamos localizar um exemplar para ela. Infelizmente não se lembra do título nem do nome do autor, ou do que o livro tratava, mas se lembra de que a capa era vermelha. Afora essas, existem dois tipos [. ] notórios pelos quais todo sebo é perseguido. Um é o indivíduo [. ] que cheira a farelo de pão amanhecido e que aparece todos os dias, de quando em quando várias vezes por dia, tentando vender livros sem valor. O outro é o que pede quantidades enormes de livros pelos quais não tem a menor intenção de pagar. Nossa livraria não vendia a crédito, mas reservávamos livros ou os encomendávamos, se necessário, para quem combinava de pegá-los mais tarde. Raras vezes as pessoas que nos encomendavam livros voltavam. No início isso me intrigava. O que as levava a agir assim? Apareciam e pediam um livro raro e caro, faziam-nos prometer repetidas vezes guardá-lo para elas e depois sumiam para sempre. [. ] ORWELL, George. Memórias de livraria. In: PIZA, Daniel (org). Dentro da baleia e outros ensaios. Tradução: José Antonio Arantes. Companhia das letras, 2005. Acesso em: 2 abr. 2019. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto. Nesse texto, no trecho ". Que cheira a farelo de pão amanhecido. " (2º parágrafo), o termo destacado r.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Indivíduo.
Explicação:
No texto diz "Um é o indivíduo [...] que cheira a farelo de pão amanhecido". Portanto, o termo destacado (que), se refere ao indivíduo.
O termo destacado refere-se a:
"indivíduo"
Explicação:
Em "Um é o indivíduo [...] que cheira a farelo de pão amanhecido", o termo "que" retoma e substitui o termo "indivíduo".
Note que esse pronome poderia ser substituído por esse termo:
"o indivíduo cheira a farelo de pão amanhecido".
Por isso, o termo "que" é classificado como pronome relativo.
Os pronomes relativos são "que", "quem", "onde", "cujo", "quanto", "qual". Alguns podem variar, como "cujo" (cujos, cuja, cujas) e "qual" (quais).
Eles são usados para retomar termos e evitar sua repetição.
Em geral, introduzem orações adjetivas, orações que têm função de adjetivo.
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