Leia o texto abaixo.
Esaú e Jacó
CAPÍTULO LXII
“PARE NO D.”
[...] Na véspera, tendo de ir abaixo, Custódio foi à Rua da Assembleia, onde se pintava a tabuleta. Era já tarde; o pintor suspendera o trabalho. Só algumas das letras ficaram pintadas,— a palavra Confeitaria e a letra d. A letra o e a palavra Império estavam só debuxadas a giz. Gostou da tinta e da cor, reconciliou-se com a forma, e apenas perdoou a despesa. Recomendou pressa. Queria inaugurar a tabuleta no domingo.
Ao acordar de manhã não soube logo do que houvera na cidade, mas pouco a pouco vieram vindo as notícias, viu passar um batalhão, e creu que lhe diziam a verdade os que afirmavam a revolução e vagamente a república. A princípio, no meio do espanto, esqueceu-lhe a tabuleta. Quando se lembrou dela, viu que era preciso sustar a pintura. Escreveu às pressas um bilhete e mandou um caixeiro ao pintor. O bilhete dizia só isto: “Pare no D.” Com efeito, não era preciso pintar o resto, que seria perdido, nem perder o princípio, que podia valer. Sempre haveria palavra que ocupasse o lugar das letras restantes. “Pare no D”.
Quando o portador voltou trouxe a notícia de que a tabuleta estava pronta.
Você viu-a pronta?
— Vi, patrão.
— Tinha escrito o nome antigo?
— Tinha, sim, senhor: “Confeitaria do Império”. [...]
Esse texto está relacionando a qual contexto socio-histórico?
Ao cenário brasileiro após a Segunda Guerra Mundial.
Ao final do período escravocrata no Brasil.
Ao início do período republicano no Brasil.
Às alterações com relação aos direitos trabalhistas.
Às mudanças sociais durante o regime militar.
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Resposta:
Ao início do período republicano no Brasil.
Explicação:
"Ao acordar de manhã não soube logo do que houvera na cidade, mas pouco a pouco vieram vindo as notícias, viu passar um batalhão, e creu que lhe diziam a verdade os que afirmavam a revolução e vagamente a república."
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