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O prêmio da longitude
O tempo estava péssimo, com ventos fortes, tempestades e céu completamente encoberto. Depois de três semanas, o céu clareou, vários navios calcularam a latitude e tomaram-se medidas da profundidade. Quando sir Clowdisley convocou uma reunião entre os pilotos, todos concordaram que estavam na borda da plataforma continental, aproximando-se da entrada do canal da Mancha.
O céu nublou de novo e a frota prosseguiu para leste, impelida por ventos favoráveis. Em 22 de outubro (1707), por volta das sete e meia da noite, quatro dos navios se chocaram contra um recife ao largo das Ilhas Scilly, cerca de vinte milhas a oeste da Cornuália. Em poucas horas, os quatro navios avariados afundaram, junto com os seus tripulantes. Segundo alguns relatos, morreram oitocentos homens; segundo outros, as vítimas foram 2 mil. Outros naufrágios tinham ocorrido naquela época e haveria muitos mais, mas a dimensão dessa perda abalou profundamente os britânicos - quatro navios de guerra destruídos e centenas de marinheiros mortos sem um único inimigo à vista.
Pensou-se que a tragédia tivesse resultado do desconhecimento da posição do navio, mas recentemente os historiadores começaram a ver de maneira diferente o naufrágio ao largo das Ilhas Scilly. Acredita-se que, quando o almirante consultou os pilotos, as conclusões destes estavam corretas - eles sabiam onde estavam e aonde queriam ir-, e que o desastre foi causado por erros nos mapas e cartas de navegação que eles usavam.
As cartas de navegação precisas devem ser traçadas a bordo e com conhecimento exato da longitude, que tem duas finalidades: fornecer ao navegador mapas e cartas confiáveis e, no mar, informar onde ele se encontra, permitindo-lhe utilizar as cartas de navegação.
Os navios ingleses navegavam por toda parte no mundo ocidental, confiando em cartas e mapas que, frequentemente, tinham pouca correspondência com a realidade. [...]
Independentemente da causa direta do desastre - mapas imprecisos ou navegação falha -, a causa básica era o desconhecimento da longitude. O clamor público que se seguiu à tragédia levou o Parlamento a aprovar uma lei, em 1714, oferecendo um prêmio muito maior do que o oferecido por outros países, pois a Grã-Bretanha tinha a maior e mais importante Marinha mercante do mundo. Qualquer aparelho ou invento para determinar a longitude que ‘tenha sido testado e considerado viável e útil no mar’ seria recompensado com 20 mil libras.
A soma era enorme, mais ou menos o equivalente a 12 milhões de dólares de hoje, e prêmios menores foram oferecidos para soluções parciais. Os mais notáveis cientistas do país, entre os quais sir Isaac Newton e Edmond Halley, disputaram o prêmio, bem como os lunáticos mais desvairados. (...)
DASH, Joan. O prêmio da longitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 14-16.
A) (0,5) Quais foram as prováveis causas apontadas do acidente com a esquadra da Marinha britânica nas Ilhas Scilly?
B) (1,0) Embora a latitude fosse demarcada com relativa precisão desde a Antiguidade, a demarcação da longitude só ocorreu no decorrer do século XVIII. Sendo assim, quais problemas poderiam ser encontrados para navegar nos sentidos:
Leste-oeste? Justifique.
Norte-sul? Justifique.
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Explicação:
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