Leia o texto abaixo.
[...] Como resposta às denúncias da Igreja, tanto de atrocidades na conquista como de maus tratos dispensados aos indígenas, a Coroa procurou interferir nas formas de acesso dos colonizadores à força de trabalho nativa. Assim, foi implantado um novo sistema: o repartimiento1. Através das Leyes Nuevas2 (1542), o rei proibiu a escravidão indígena e determinou o fim dos serviços pessoais (encomiendas3). No seu lugar foi introduzido um sistema bastante original, que combinava práticas de recrutamento anteriores à conquista com as necessidades atuais.
Em 1549, com o término das encomiendas, no México, foram instituídos os “repartimientos de trabajo”4. Tal modalidade de prestação de serviço era compulsória, sendo impossível classificá-la como servidão, escravidão ou trabalho livre. E, com a descoberta das principais minas de prata, tanto nos Andes (Potosi/1545) como no México (Zacatecas/1546), o repartimiento foi alçado à condição de principal relação de trabalho vigente na América hispânica, até meados do século XVII. [...]
*Vocabulário:
1repartimiento: em espanhol, repartimento.
2Leyes Nuevas: em espanhol, Leis Novas.
3encomiendas: em espanhol, encomendas.
4repartimientos de trabajo: em espanhol, repartimentos de trabalho.
NEUMANN. Eduardo. Trabalho na América Espanhola: Salário, servidão e escravidão – Apresentação. ANPHLAC, s.d. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2021. Fragmento.
Com base nesse texto, o trabalho remunerado predominou sobre a escravidão para os nativos da América Espanhola diante:
(a)da ameaça de revolta desses povos contra a prática da exploração.
(b)da impossibilidade de explorar o trabalho desses povos por pressão religiosa.
(c) do acordo de divisão de lucros dos colonizadores com lideranças indígenas.
(d) do recrutamento voluntário de indígenas desejosos de enriquecerem.
Soluções para a tarefa
Resposta:
da impossibilidade de explorar o trabalho desses povos por pressão religiosa.
Explicação:
Baseado nesse texto, o trabalho remunerado predominou sobre a escravidão para os nativos da América Espanhola diante do que está posto na letra B) da impossibilidade de explorar o trabalho desses povos por pressão religiosa.
É sabido que a Igreja Católica participou fortemente da economia e sociedade do Brasil Colônia, além de claro, a religião. Também é responsável por alta influência quanto à escravização de índios e negros.
O período inicial da colonização no Brasil foi marcado pela escravidão de africanos e indígenas, uma vez que ela era considerada necessário para o funcionamento da economia. Porém, com o passar do tempo, formulações ideológicas foram formadas contra a escravidão dos indígenas. Essas formulações normalmente partiam de padres da Igreja Católica, como Antônio Vieira.
Mesmo não sendo contrários à utilização de mão de obra escrava, alguns padres eram contrários à escravidão indígena, enquanto outros julgavam ser necessário, como o padre Antonil.
Devido a essa pressão por parte dos jesuítas, a Coroa Espanhola acabou interferindo e implantando um sistema denominado "repartimento", onde pôs fim à escravidão indígena e iniciou o trabalho remunerado.
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