Leia o texto abaixo.
Caro Felipão,
Nunca nos encontramos pessoalmente, mas permita que eu me apresente: me chamo Marcos Caetano, como você pode ler aí no topo da coluna, e sou cronista esportivo. Mas isso não é importante, pois além de cronista fui, sou e morrerei torcedor [...].
Também não sou hipócrita de imaginar que você tenha decidido fazer do esporte o seu ganha-pão – primeiro como jogador e agora como técnico – se não fosse por amor. Somos, portanto, dois apaixonados por futebol. E é puramente nessa condição, de um apaixonado que vê no velho esporte das botinadas um ponto de referência e identidade cultural dos brasileiros, que te escrevo estas mal traçadas.
Em primeiro lugar, sei que eu e os colegas da crônica esportiva vivemos pegando no seu pé. Mas também sei que você traz no caráter uma qualidade [...]: você é honesto. E é impossível deixar de notar o carinho e o respeito que todos os jogadores que trabalharam contigo têm por você. Portanto, quando escrevo críticas sobre o seu trabalho, o faço com a certeza de estar me dirigindo a um homem sincero, preocupado em aprender sempre – e não a um arrogante cheio de empáfia. [...]
Se os times finalistas, que representam o novo no futebol brasileiro, não fazem retranca, por que a Seleção deveria fazer? Você apostou na retranca contra Bolívia, Uruguai e Argentina. E ousou mais contra Chile, Paraguai e Venezuela. Perdemos as três partidas que jogamos para não perder e ganhamos as três que jogamos para ganhar.
A razão da carta, como você já percebeu, é uma só: te pedir que ponha o Brasil para jogar como os finalistas – no ataque. Essa é a nossa maior tradição [...]. Não sabemos jogar de outro jeito – e o partidaço da final provou-nos isso uma vez mais [...]. Vamos para cima deles, Felipão! Os brasileiros confiam em você. Confie também na gente quando pedimos um time ofensivo.
Disponível em: . Acesso em: 7 out. 2015. Fragmento.
Qual trecho apresenta o argumento utilizado para sustentar a ideia defendida pelo autor?
“Nunca nos encontramos pessoalmente, mas permita que eu me apresente: me chamo Marcos Caetano,...”.
“Somos, portanto, dois apaixonados por futebol.”.
“Em primeiro lugar, sei que eu e os colegas da crônica esportiva vivemos pegando no seu pé.”.
“Se os times finalistas, que representam o novo no futebol brasileiro, não fazem retranca, por que a Seleção deveria fazer?”.
“Confie também na gente quando pedimos um time ofensivo.”.
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