Leia o texto abaixo.
Backup de lembranças
O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como finalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.
Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores ficar doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.
Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)
(P100039E4) Nesse texto, o autor compara os neurônios a
um computador.
um gravador.
um sistema pessoal.
uma microcâmera.
uma trupe de atores.
Soluções para a tarefa
Resposta:
E) uma trupe de atores
Explicação:
Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe
de atores (os neurônios) interpretando uma peça.
No texto "Backup de lembranças" o autor compara os neurônios cerebrais como:
Alternativa E) uma trupe de atores.
Interpretação textual
Neste contexto, o autor relaciona o nossos sistema de armazenamento cerebral como os atores de uma peça, onde cada um tema sua própria fala e momento de agir dentro da peça. Ou seja, é cada parte das nossas lembranças que poderão ser revividas, na nossa cabeça.
O texto infere aos leitores que podemos esquecer de vários momentos das nossas vidas, por conta disso, um cientista americano tentou estabelecer um tipo de sistema computacional para que nossas memórias fiquem sempre armazenadas.
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