Question

Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 02.

olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas

CESAR, Ana Cristina. "Olho muito tempo o corpo de um poema". Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2018.

Ana Cristina Cesar, poeta da Geração Mimeógrafo, transmite em seu poema uma imagem vampiresca do eu lírico – o sangue escorre de seus dentes – , enquanto o texto é seu objeto de desejo. Quanto à corporalidade notada nesse poema, é possível afirmar que existe:

A
uma relação entre palavra e corpo, em que ambos encontram-se condicionados a uma ação de análise do eu lírico.

B
uma oposição entre palavra e corpo, em que o eu lírico rejeita o segundo ao notar o sangue nas gengivas.

C
uma aproximação entre eu lírico e corpo, em que ambos são postos sob observação pela poeta vampiresca.

D
uma relação entre sangue e gengiva, em que há a imagem da poeta-vampírica que tira proveito de poemas alheios.

E
um afastamento entre eu lírico e poeta, em que corpo e palavra são essenciais para qualquer análise poética.

Answer 1

Olá!!! Bom vamos lá!!

Ao lermos o poema ficamos um pouco confusos e sem entender direito o que realmente acontece nesse poema, depois ao lermos o enunciado vemos que é uma relação vampiresca que a própria autora do poema faz com o eu lirico e aquele poema, assim como vampiros são atraídos por sangue o eu lirico estava sendo atraído pelo poema.

Por isso podemos dizer que há uma relação entre palavra e corpo como falamos acima uma vez que o eu lírico é atraído pelas palavras do poema, e por isso a alternativa correta é a letra A.

Espero ter ajudado em algo!