Question

Leia o texto a seguir. Era uma exploração rudimentar que não deixou traços apreciáveis, a não ser uma destruição impie- dosa e em larga escala das florestas nativas donde se extraía a preciosa madeira. […] Os traficantes se aproximavam da costa, escolhendo um ponto abrigado e próximo das matas onde se encontrava a essência procurada, e ali embarcavam a mercadoria que lhes era trazida pelos indígenas. […] Para facilitar o servi- ço e apressar o trabalho, também se presenteavam os índios com ferramentas mais importantes e custosas: serras, machados. Assim mesmo a margem de lucros era considerável, pois a madeira alcançava grandes preços na Europa. O negócio, sem comparar-se em- bora com os que se realizavam no Oriente, não era desprezível, e despertou bastante interesse. Caio Prado Jr. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2008. No texto apresentado, o autor menciona características da exploração do pau-brasil, durante o período pré-co- lonial. Entre essas características, é correto mencionar: a a utilização em larga escala da mão de obra indí- gena, já em um regime de trabalho compulsório. B a preocupação em estabelecer núcleos de povoa- mento portugueses, visando ao controle da extração. c o uso da riqueza gerada pela madeira como forma de defender o território com a fixação de colonos. D a exploração predatória do pau-brasil feita por meio de feitorias ao longo da costa, negociando a madeira extraída pelos nativos. e a definição de áreas para o plantio das árvores, visando garantir o fornecimento para a Europa.

Answer 1

É correta a alternativa D.

Embora o texto não mencione explicitamente as feitorias, menciona todo o processo de negociação realizado pela madeira entre os povos originários e os portugueses, que era centrado justamente nas feitorias - fortificações com uma pequena guarnição permanente que realizavam os negócios localmente em favor de Portugal.

Não havia aqui uso de mão de obra escrava ou trabalho compulsório, assim como não havia a fixação de colonos ou núcleos de povoamento (coisa que só viria a ocorrer depois de 1530), mas sim o escambo feito pela madeira, obtendo os povos originários nestas trocas ferramentas de metal.