LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES:
“... não é fácil determinar de que maneira, e com quem e por que motivos, e por quanto tempo devemos encolerizar-nos; às vezes nós mesmos louvamos as pessoas que cedem e as chamamos de amáveis, mas às vezes louvamos aquelas que se encolerizam e as chamamos de viris. Entretanto, as pessoas que se desviam um pouco da excelência não são censuradas, quer o façam no sentido do mais, quer o façam no sentido do menos; censuramos apenas as pessoas que se desviam consideravelmente, pois estas não passarão despercebidas. Mas não é fácil determinar racionalmente até onde e em que medida uma pessoa pode desviar-se antes de tornar-se censurável (de fato, nada que é percebido pelos sentidos é fácil de definir); tais coisas dependem de circunstâncias específicas, e a decisão depende da percepção. Isto é bastante para determinar que a situação intermediária deve ser louvada em todas as circunstâncias, mas que às vezes devemos inclinar-nos no sentido do excesso, e às vezes no sentido da falta, pois assim atingiremos mais facilmente o meio-termo e o que é certo.” Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 150 (Col. Os Pensadores).
1. Agir de modo virtuoso é, segundo Aristóteles, agir de que modo?
2. A partir da ética aristotélica crie dois exemplos de ações que se identificariam como vícios e de dois exemplos de ações que seriam virtuosas?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1. Agir de modo virtuoso é, segundo Aristóteles, agir de que modo?
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Possibilidade de resposta: A virtude em Aristóteles está na quantidade da ação e não na qualidade da ação. Virtuosa para Aristóteles é a ação executa na ocasião certa e na medida adequada.
2. A partir da ética aristotélica crie dois exemplos de ações que se identificariam como vícios e de dois exemplos de ações que seriam virtuosas?
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Possibilidade de resposta: Exemplos pessoais. Vícios são comportamentos que pecam pelo excesso ou pela falta. E virtudes são comportamentos que estão entre os extremos.
1. Para Aristóteles, agir de modo virtuoso é realizar ações que sejam baseadas em uma consciência livre com base em uma moral invariável. Significa fazer o certo, de forma certa e no momento correto.
Segundo Aristóteles, as circunstâncias se modificam e isso faz com que o agir também seja alterado. Assim, a ação não está restrita a uma única maneira.
Apesar disso, a moral pode guiar as ações de uma pessoa. Dessa forma, não agiremos de qualquer maneira. Na verdade, nossas ações podem até se alterar, mas a moral permanecerá, ou seja, o princípio orientador do agir será mantido.
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2. Podemos citar estas ações como vício: ser mesquinho e gastar em excesso. Como virtude, estas podem ser citadas: prudência e determinação.
Podemos dizer isso, pois, segundo Aristóteles, os vícios são conceituados como extremos do comportamento moral. Por esse motivo, na ideia de vício, estão incluídos não apenas os excessos, mas também as faltas. Dessa forma, ao considerarmos a mesquinhez como vício, estamos relacionando à falta e o gastar muito está relacionado ao excesso. Isso ocorre porque não são comportamentos baseados na razão, mas nos desejos.
Já a virtude, para Aristóteles, é o comportamento que culminará na felicidade, que só pode ser atingida quando o ser humano já superou a falta e o excesso, isto é, os vícios.
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