Leia o texto a seguir e responda às questões:
Graciliano Ramos, em seu livro Infância, reflete sobre uma de suas marcantes impressões de menino. Bem e mal ainda não existiam, faltava razão para que nos afligissem com pancadas e gritos. Contudo as pancadas e os gritos figuravam na ordem dos acontecimentos, partiam sempre de seres determinados, como a chuva e o sol vinham do céu. E o céu era terrível, e os donos da casa eram fortes. Ora, sucedia que a minha mãe abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo, resolvia contar-me histórias. Admirava-me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza se houvesse modificado. Fechava-se o doce parêntese — e isso me desorientava.
a.(Fuvest-SP) Ao se referir às violências sofridas quando menino, o autor compara-as a elementos da natureza (chuva, sol, céu). O que mostra ele ao estabelecer tal comparação?
b.(Fuvest-SP) Esclareça o preciso significado, no contexto, da expressão “Fechava-se o doce parêntese”.
c.(Fuvest-SP) A ideia de que os gritos e as pancadas haviam parado é retomada também por uma aproximação de imagens, como aquela que, antes, havia-os aproximado da chuva e do sol. Qual é essa segunda aproximação?
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Resposta:
a) A comparação a visão infantil de que "bem e mal ainda não existiam" e, por isso, "as pancadas e os gritos" pareciam tão imotivados e incompreensíveis quanto fenômenos naturais como a chuva.
b) A expressão refere-se a mudança de atitudes dos pais, que em alguns momentos eram duros, gritavam e batiam, e, de repente, mudavam, tornando-se doces e afáveis.
c) Ele aproxima a modificação da natureza as mudanças na nova etapa da sua vida. "Admirava-me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza se houvesse modificado".
Explicação:
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