Leia o texto a seguir e responda às questões.
Em 1749, Diderot ficou preso por aproximadamente três meses, sob a justificativa de que sua publicação Carta sobre os cegos para o uso dos que enxergam era ofensiva às autoridades francesas. Um grupo de livreiros reagiu alegando que a prisão acarretaria prejuízos aos que participavam do financiamento de um projeto que tinha Diderot à frente. O pensador foi solto e o projeto, a Enciclopédia, foi lançado em 1751.
Diderot, depois dessa história, não se livrou de problemas em função de seus escritos. Sob a justificativa de representar uma ameaça à ordem pública, pedidos de apreensão e até de destruição da Enciclopédia foram dirigidos ao rei e ao Parlamento. Em 1759, ela foi incluída no Index, rol das obras proibidas pela Igreja católica.
Entre os que defendiam a apreensão e até a queima dos livros e os que clamavam por bom senso e tolerância, a Enciclopédia conseguiu sobreviver e foi concluída em 1772.
a) Considerando o contexto da época, que argumentos poderiam ser utilizados para defender a destruição ou a preservação da Enciclopédia?
b) Qual teria sido o objetivo da Igreja católica ao inserir a Enciclopédia no Index?
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) A proposta de destruição da Encyclopédia poderia ser defendida em nome da preservação e valorização da razão teológica, da ordem e dos valores típicos do Antigo Regime, em especial, do absolutismo. Já a preservação e difusão da Encyclopédia poderia ser defendida em nome da valorização da razão e do desejo de difusão do conhecimento científico.
b) Impedir a publicação da Encyclopédia e a propagação das ideias iluministas, que questionavam ou ameaçavam a Igreja católica. Pode-se concluir que ela não conseguiu impedir a publicação da Encyclopédia, já que 35 volumes dela foram publicados. Mas, ao mesmo tempo, apesar de sofrer abalos, ser questionada, a Igreja católica manteve boa parte de seu poder, sendo uma instituição até hoje respeitada.
Explicação:
Espero ter ajudado, essa é a resposta da minha professora então pdc que ta certo
Um argumento a favor da destruição da Enciclopédia seria o de afirmar que a publicação ameaçava a ordem pública. Um argumento a favor de sua preservação seria o de que a Enciclopédia difundia os ideais do Iluminismo e o conhecimento geral desvinculado da autoridade da Igreja.
A Igreja católica incluiu a Enciclopédia no Index de livros proibidos para frear a expansão das ideias iluministas e os pensamentos que discordavam dos preceitos estabelecidos pela Igreja.
Os possíveis argumentos do século XVIII a favor ou contra a destruição da Enciclopédia de Diderot
A Enciclopédia que Denis Diderot ajudou a formular no século XVIII buscava englobar todo o conhecimento acumulado pela humanidade até então. Diderot defendia a secularização da educação, ou seja, tirar o direito exclusivo das ordens religiosas de ensinar e estabelecer um ensino desvinculado da Igreja.
Por este caráter da obra, que também difundia os ideais do Iluminismo e preconizava o conhecimento baseado na razão e não nos ensinamentos da Igreja, Diderot e os demais autores que contribuíram para a conclusão da obra sofreram com reprimandas do poder eclesiástico e de parte do público, que defendiam a apreensão e destruição da obra.
A inclusão da Enciclopédia no Index de obras proibidas
Por difundir ideais e conhecimentos que iam contra os ensinamentos da Igreja católica e defender a difusão do conhecimento desvinculado da administração religiosa, o poder eclesiástico proíbe a compra e leitura da obra por membros e seguidores da religião. Isto se referia à grande maioria da população em nações que tinham o catolicismo como religião predominante.
A obra também elogiava e difundia pensadores protestantes em detrimento dos dogmas católicos. Ademais, a obra categorizava a teologia (o estudo da religião) como uma subcategoria da filosofia, insinuando que a religião seria inferior e estaria submetida à razão, outro fator que contribuiu para sua inclusão no Index.
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