Leia o texto a seguir:
“Dizendo poder, não quero significar ‘o Poder’, como conjunto de instituições e aparelhos garantidores da sujeição dos cidadãos em um estado determinado. Também não entendo poder como um modo de sujeição que, por oposição à violência, tenha a forma da regra. Enfim, não o entendo como um sistema geral de dominação exercida por um elemento ou grupo sobre outro e cujos efeitos, por derivações sucessivas, atravessem o corpo social inteiro. A análise em termos de poder não deve postular como dados iniciais, a soberania do Estado, a forma da lei ou a unidade global de uma dominação; estas são apenas e, antes de mais nada, suas formas terminais. Parece-me que se deve compreender o poder, primeiro, como a multiplicidade de correlações de força imanentes ao domínio onde se exercem e constitutivas de sua organização”.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1, A Vontade de Saber. Rio de Janeiro:
Graal, 1987. p. 88
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Resposta:
O texto de Foucault e os recentes acontecimentos políticos confluem para uma mesma perspectiva de compreensão do poder como descentralizado, produto das relações de força e poder, que se transformam a partir da atuação dos atores sociais.
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