Leia o texto a seguir a respeito dos habitantes das cidades na Baixa Idade Média. Se há "um homem medieval", um dos seus principais tipos é o citadino. "O que há de comum entre o mendigo e o burguês, o cônego e a prostituta, todos eles citadinos? [...] Suas condições são diferentes, da mesma forma que suas mentalidades, mas o cônego forçosamente cruza com a prostituta, o mendigo e o burguês. Uns e outros não podem se ignorar e se integram no mesmo pequeno universo de povoamento denso que impõe formas de sociabilidade desconhecidas nas aldeias, uma forma de vida específica, com uso diário de dinheiro e, para alguns, uma abertura obrigatória para o mundo" ( J. Rossiaud). O citadino é um homem acostumado com a diversidade e a mudança. Ele vive no meio de vizinhos e de amigos, numa "privacidade alargada". LE GOFF, Jacques. Dicionário temático do ocidente medieval. São Paulo: Edusc, 2002. v. 1. p. 231. a) O que há de comum entre os habitantes das cidades? b) De que forma a vida urbana propiciaria uma “abertura obrigatória para o mundo”?
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) Segundo o texto, todos se integram no mesmo pequeno universo de povoamento denso que impõe formas de sociabilidade desconhecidas nas aldeias
b) Na vida urbana, obrigatoriamente acontecerá o convívio de diferentes pessoas independente de classe social ou econômica, visto que em uma sociedade urbana não há separação de classes, todos convivem juntos.
Explicação:
a. Os habitantes das cidades estão inseridos numa teia de relações, que envolvem a religião, o comércio, os artesões, em um universo povoado e utilizando uma moeda como meio de troca.
b. A vida urbana propiciaria uma “abertura obrigatória para o mundo” pelo intenso contato de indivíduos diferenciados, com experiências que acabam impondo formas de sociabilidade desconhecidas nas aldeias.
Cidades medievais
O conceito de cidade medieval muda com o período abrangido. Com a desintegração do Império Romano e o consequente início da Idade Média, as cidades da Europa Ocidental experimentaram um período de desocupação e as populações deslocaram-se dos centros urbanos para as zonas rurais (feudos), por conta dos diversos ataques dos povos bárbaros.
A cidade (burgo) ressurgiu de uma onda de migração que tentavam deixar a servidão feudal para a cidade em busca de outras atividades econômicas. No entanto, o mundo medieval ainda era em grande parte agrícola.
O renascimento das cidades medievais também levou a uma mudança no poder. Os bispos e alguns dos nobres que exerciam o poder foram gradualmente substituídos por uma nova burguesia, nascida do desenvolvimento do comércio e da fundação de cidades (burgos).
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