Leia o texto:
“A globalização da pandemia impôs esse jogo entre reclusão ou confinamento e
contenção ou barragem em múltiplas escalas. Num mundo moldado pelos territórios-rede onde os corpos se deslocam com muito mais rapidez e intensidade ao longo de circuitos que canalizam fluxos, malhas aéreas à frente, não é nada fácil restaurar os controles do tipo território-zona, em que se pode impedir a mobilidade dentro de áreas de menor ou maior amplitude, como sempre pretendeu fazer (cada vez com menos sucesso) o Estado-nação e suas unidades político-administrativa. Uma característica básica dessa pandemia, de importante manifestação geográfica, é que ela, ao sair da China, começa no topo da pirâmide socioeconômica, entre as classes mais privilegiadas – basta ver o mapa de difusão inicial da pandemia numa metrópole periférica como o Rio de Janeiro, onde afeta inicialmente os bairros mais ricos, de onde chegaram os viajantes internacionais, primeiros portadores do vírus.
A grande questão agora é que tipo de dinâmicas de contenção territorial são plausíveis em realidades “periférico-coloniais” como as do continente mais desigual do planeta, a América Latina. A pandemia, quem diria, veio subverter essa ideia de contenção dos subalternos pelos hegemônicos: são os próprios privilegiados que precisam se autoconter, confinar-se, pois foram eles que, inicialmente, no caso latino-americano, “carregaram o mal”. Embora muitos tenham solicitado que suas empregadas domésticas ficassem em casa, inúmeros trabalhadores – porteiros, faxineiros, garis, atendentes de supermercados, postos de gasolina e farmácias, sem falar nos profissionais de saúde – devem ter garantida sua mobilidade, ainda que sob condição de grande vulnerabilidade (como nos transportes públicos superlotados do Rio de Janeiro)”. Fonte: HAESBAERT, R. “Reflexões geográficas em tempos de pandemia”. Espaço e Economia (Edição 18 de 17/04/2020). Disponível em:
Com base no texto e nos mapas que apresentam a distribuição/localização dos casos de Covi19 no território brasileiro, divulgados diariamente pelos meios de comunicação de massa , cite e explique duas razões para o diferente grau de contaminação e letalidade provocados pelo vírus na população brasileira.
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1° razão: a integração social causada pela globalização que provoca o encurtamento dos vínculos sociais, levando qualquer pessoa a qualquer lugar do mundo em pouco tempo, isso levou a propagação do vírus.
2° razão: a fragilidade socioeconômica de uma parcela da população, a qual não pôde se mander isolamento por causa da dependência do trabalho, o que levou ao contato com pessoas infectadas com o vírus, e não ao recolhimento de segurança.
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