Leia:
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela
[minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre
pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
O autor escreveu usando, além do próprio nome, os heterônimos:
ALBERTO CAEIRO é rude, simples, humilde, expansivo, satisfeito com o mundo, dando muito valor às coisas concretas: árvores, campos, casas, vales. Nada tem de filosófico ou metafísico.
RICARDO REIS retoma o período greco-romano, é o poeta da temática clássica.
ÁLVARO DE CAMPOS é o poeta da temática futura, “poeta sensacionalista e escandaloso”.
ELE MESMO-Lírico tem uma temática introspectiva, exprimindo suave musicalidade e questionando – às vezes de maneira metalinguística – os mistérios da vida.
ELE MESMO-Épico exalta a História de Portugal, com tom sebastianista e fragmentado, no livro Mensagem.
Então esse poema tem a assinatura de:
a) Alberto Caeiro.
b) Ricardo Reis.
c) Álvaro de Campos.
d) Fernando Pessoa (ele mesmo – lírico).
e) Fernando Pessoa (ele mesmo – épico).
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Resposta:
A) Alberto Caeiro foi o criador dese e texto
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