Leia o soneto de Filinto Elísio.
Uns Lindos Olhos, Vivos, Bem Rasgados
Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,
Um garbo senhoril, nevada alvura;
Metal de voz que enleva de doçura,
Dentes de aljôfar, em rubi cravados:
Fios de ouro, que enredam meus cuidados,
Alvo peito, que cega de candura;
Mil prendas; e (o que é mais que formosura)
Uma graça, que rouba mil agrados.
Mil extremos de preço mais subido
Encerra a linda Márcia, a quem of'reço
Um culto, que nem dela inda é sabido:
Tão pouco de mim julgo que a mereço,
Que enojá-la não quero de atrevido
Co' as penas, que por ela em vão padeço.
No poema, a relação amorosa é vivida de maneira desequilibrada. O eu lírico
lamenta o fato de a mulher amada não considerá-lo merecedor do seu sentimento amoroso.
sofre diante da vaidade física ostentada pela musa que é a razão da sua inspiração poética.
elogia a beleza física da mulher, apesar de ela não se identificar com o ideal clássico.
reconhece a distância entre o seu sentimento e a amada, de beleza comparável à natureza.
padece por não poder corresponder ao apelo amoroso de uma mulher idealizada, inacessível.
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Resposta:
lamenta o fato de a mulher amada não considerá-lo merecedor do seu sentimento amoroso.
Explicação:
Tão pouco de mim julgo que a mereço,
Que enojá-la não quero de atrevido
Co' as penas, que por ela em vão padeço.
Por ler isso, acredito que só pode ser essa a resposta.
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