Leia o soneto de Camões a seguir, extraído do site
http://cvc.instituto-camoes.pt/literatura/camoes.htm:
Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei porquê.
Do ponto de vista das rimas, o primeiro e o segundo quartetos do soneto possuem o esquema:
a. Interpoladas (ABBA/ABBA)
b. Emparelhadas (AABB/AABB).
c. Cruzadas (ABAB/ABAB).
d. Misturadas (ABBA/CDDC)
e. Encadeadas (ABBA/ABBA)
Soluções para a tarefa
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Resposta:
A - INTERPOLADAS
Explicação:
A - INTERPOLADAS
Busque Amor novas artes, novo engenho,A
para matar-me, e novas esquivanças;B
que não pode tirar me as esperanças,B
que mal me tirará o que eu não tenho.A
Olhai de que esperanças me mantenho!A
Vede que perigosas seguranças!B
Que não temo contrastes nem mudanças,B
andando em bravo mar, perdido o lenho.A
Mas, conquanto não pode haver desgosto C
onde esperança falta, lá me escondeD
Amor um mal, que mata e não se vê.E
Que dias há que n'alma me tem posto C
um não sei quê, que nasce não sei onde,D
vem não sei como, e dói não sei porquêE
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