Leia o soneto a seguir para responder à questão:
Enquanto quis Fortuna que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento
Me fez que seus versos escrevesse.
Porém, temendo Amor que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento,
Escureceu-me o engenho com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades! Quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos...
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos!
Fortuna: Destino, sorte.
Juízo isento: a alguém inocente.
Engenho: arte, capacidade de escrever, razão.
O soneto "Enquanto quis Fortuna que tivesse...", de Camões possui hipérbatos, ou seja, inversões da ordem normal da oração. A ordem direta mais adequada para o segundo quarteto seria:
a.
Porém o Amor escureceu-me o engenho com tormento temendo que minha escritura desse aviso a algum juízo isento.
b.
Porém, temendo minha escritura que o Amor desse aviso a algum juízo isento, escureceu-me o engenho com tormento.
c.
Porém, temendo minha escritura que o engenho desse aviso a algum juízo isento, escureceu-me o Amor com tormento.
d.
Porém o engenho escureceu-me o Amor com tormento temendo que minha escritura desse aviso a algum juízo isento.
e.
Porém o Amor escureceu-me a Escritura com engenho temendo que ela desse aviso a algum juízo isento.
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Resposta:
Porém o Amor escureceu-me o engenho com tormento temendo que minha escritura desse aviso a algum juízo isento.
Explicação:
Amor e minha escritura são sujeitos.
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