Filosofia, perguntado por gustavorambo2323, 10 meses atrás

Leia o seguinte texto de Descartes: “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a ideia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa ideia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta ideia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. Com base no texto, é correto afirmar:

A)O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.

B)A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.

C)O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.

D)A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
E)A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.

Soluções para a tarefa

Respondido por 123Ammarah
26

Resposta&Explicação:

1 “a ideia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus”

1B)A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente,

2“que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”

2B)é uma consequência dos limites do espírito humano.

Neste caso  é correto afirmar:

B)A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.


zolettandressa: 1e qual
anajuliaalvesbernard: A 1 É B
123Ammarah: ;-; 1 é o numero da pergunta a opção correta é B
Respondido por AnthonioJorge
5

Para Descartes, a ideia da existência de Deus é consequência dos limites do espírito humano. Logo, a alternativa B está correta. Trata-se de uma ideia análoga à ideia de Santo Anselmo.

A demonstração da existência de Deus por Descartes se dá por vários ângulos.

1º: encontro em minha mente a ideia de Deus, isto é, de um ente infinito, perfeitíssimo, onipotente, que sabe tudo etc. Pois bem, essa ideia não pode proceder do nada, nem tampouco de mim mesmo, um ser finito, imperfeito, frágil etc.., porque isso me faria um ser superior à causa, o que é impossível. Assim, a ideia de Deus só pode ter sido posta em mim por algum ente superior, que corresponda à perfeição dessa ideia, ou seja, por Deus ele mesmo.

2º Um outro ângulo desse mesmo argumento é o de que a ideia de Deus implica em sua existência, porque um ser perfeito DEVE existir. As duas provas se exigem e se apoiam reciprocamente (a de que Deus deixou sua marca em nós ao colocar a ideia de Si em nós ao nos criar e de que a ideia de Si implica em Sua existência).

Descartes chega a dizer que conceber Deus com existência é como conceber uma montanha com vale: você não tem a liberdade para fazer o contrário. É como estabelecer um triângulo com três lados. Essa prova é a priori, semelhante à de Santo Anselmo.

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