Leia o seguinte excerto de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes. Na passagem citada, a substituição da máxima pascalina de que o homem é um caniço pensante pelo enunciado "o homem é uma errata pensante" significa a) a realização da contabilidade dos erros acumulados na vida porque, em última instância, não há "edição definitiva". b) a tomada de consciência do caráter provisório da existência humana, levando à celebração de cada instante vivido. c) a tomada de consciência do caráter provisório da existência humana e a percepção de que esta é passível de correção. d) a ausência de sentido em "cada estação da vida", já que a morte espera o homem em sua "edição definitiva".
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A alternativa que melhor representa o significado da substituição observada compreende a letra c) a tomada de consciência do caráter provisório da existência humana e a percepção de que esta é passível de correção.
O autor realiza comparações entre etapas da vida e edições com o intuito de apresentar o qual transitório é o rumo da vida, e o quanto os elementos são passageiros e não são duradouros.
Entretanto, Machado de Assis também evidencia que a existência humana apesar de transitória, é passível de correções, portanto, pode ser alterada e melhorada, por intermédio de ações e atitudes consideradas coerentes e corretas.
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