Leia o poema.
POEMA DO NADADOR
Jorge de Lima
A água é falsa, a água é boa.
Nada, nadador!
A água é mansa, a água é doida,
aqui é fria, ali é morna,
a água é fêmea.
Nada, nadador!
A água sobe, a água desce,
a água é mansa, a água é doida.
Nada, nadador!
A água te lambe, a água te abraça,
a água te leva, a água te mata.
Nada, nadador!
Senão, que restará de ti, nadador?
Nada, nadador.
LIMA, Jorge de. Poema do nadador. In: CALCANHOTTO, Adriana (Org.). Antologia ilustrada da poesia brasileira: para crianças de qualquer idade. 2. ed. ampliada. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014. p. 31.
No verso “A água é mansa, a água é doida”, há predomínio de linguagem
A
denotativa, pois as características são próprias da água.
B
conotativa, pois são atribuídas características humanas à água.
C
conotativa, pois as características refletem as propriedades da água.
D
denotativa, pois as características atribuídas à água são metafóricas.
Me ajudem por favor
Soluções para a tarefa
Resposta:
Vamos ouvir mais poemas do alagoano Jorge de Lima que chamam a atenção, e veementemente, para o vigor da arte e da literatura produzidas no Nordeste brasileiro. Parnasiano a princípio e pouco a pouco próximo do modernismo, especialmente em seu modo regionalista, Jorge de Lima foi, na verdade, um tipo literário único, um modernista atípico, cultor de sonetos sem rimas, um místico entre agnósticos, uma espécie de surrealista tropical, um contemporâneo em quem reverbera o eco medieval de uma lírica solar e agreste. Entre suas observáveis invenções está a retomada do mesmo tema em variações sucessivas, com efeitos circulantes e hipnóticos. E o exemplo, notável pelo acabamento e eufonia dos versos, é o Poema do Nadador.
Jorge de Lima
Poema do Nadador
A água é falsa, a água é boa.
Nada, nadador !
A água é mansa, a água é doida,
aqui é fria, ali é morna,
a água é fêmea.
Nada, nadador !
A água sobe, a água desce,
a água é mansa, a água é doida.
Nada, nadador !
A água te lambe, a água te abraça,
a água te leva, a água te mata.
Nada, nadador !
Senão , que restará de ti, nadador?
Nada, nadador.
Explicação:
Resposta:
quais são os verbos deste poema