Leia o poema de Manuel Bandeira.
MENINOS CARVOEIROS - MANUEL BANDEIRA
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
-- Eh! carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)
-- Eh! carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
-- Eh! carvoero!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!
Petrópolis, 1921 (BANDEIRA, Manuel. O ritmo dissoluto. In: _____. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro Nova Aguilar, 1983. p. 192.)
Vocabulário:
Alimária: animal irracional, bruto.
Aniagem: tecido grosseiro.
Cangalhas: peça de madeira forrada de couro em cujas hastes se dependuram sacos.
Encarapitado: posto no alto, em cima, empoleirado.
Relho: chicote de cabo de madeira.
ITEM 01-No verso “Quando voltam, (vêm) mordendo num pão encarvoado,” o uso do acento circunflexo no verbo se justifica porque *
1- “burrinhos” está no plural.
2- “madrugada” está no singular.
3- “miséria” está no singular.
4- “carvoeirinhos”está no plural.
5- “cangalhas” está no plural.
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espero ter ajudado :)
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