Leia o poema de Manuel Bandeira.
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo algum de pranto
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
— Eu faço versos como quem morre.
BANDEIRA, Manuel. “Cinza das horas”. In: Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 120.
O verso que contém uma comparação é:
A
“Cai, gota a gota, do coração”.
B
“Não tens motivo algum de pranto”.
C
“— Eu faço versos como quem morre”.
D
“Meu verso é sangue. Volúpia ardente
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Resposta: C
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