Leia o poema abaixo de Cora Coralina para responder às questões 1 - 10:
SABER VIVER
de Cora Coralina, (1965)

Não sei…
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira, pura…
enquanto durar.
1. Saber viver é um dos poemas mais conhecidos da escritora Cora Coralina e traz reflexões importantes sobre a vida. Sobre a estrutura do texto, é possível concluir que ele foi escrito em
a) versos e parágrafos.
b) primeira pessoa.
c) prosa.
d) terceira pessoa.
2. Cora se coloca em uma posição de mulher sábia e vivida, salientando algumas atitudes que podem fazer toda a diferença na vida das pessoas. Portanto, a finalidade do eu lírico é:
a) despertar curiosidades diversas nas pessoas que vivem apressadas no dia a dia.
b) propor maneiras de exercer a empatia e oferecer amor ao próximo.
c) mostrar o lado melancólico das pessoas que ajudam os outros.
d) criticar as atitudes egoístas e preconceituosas dos seres humanos.
3. No versos: “Não sei… / se a vida é curta / ou longa demais para nós.”, o eu lírico demonstra
a) certezas quanto a existência da vida.
b) confiança que a vida é muito curta.
c) hesitação em suas declarações.
d) diversas contradições da vida.
4. No verso: “se não tocamos o coração das pessoas.”, a palavra grifada “se” estabelece sentido de
a) tempo.
b) adversidade.
c) consequência.
d) condição.
5. Segundo o eu lírico na segunda estrofe, é possível traçar uma trajetória verdadeira na vida, com autenticidade, através de atitudes
a) simples.
b) adequadas.
c) confusas.
d) sinceras.
6. O verso que revela ideia de alternância é:
a) “E isso não é coisa de outro mundo:”
b) “silêncio que respeita”
c) “ou longa demais para nós.”
d) “é o que dá sentido à vida.”
7. O uso dos dois pontos no verso “Muitas vezes basta ser:” foi utilizado para
a) iniciar algumas exemplificações.
b) citar a fala da personagem.
c) introduzir um esclarecimento.
d) delimitar a fala do eu lírico.
8. Sobre o poema, é possível concluir que ele
a) revela que a vida é muito curta, por isso devemos aproveitá-la com sabedoria.
b) mostra a importância de viver cada segundo da vida, valorizando pequenas atitudes.
c) revela que devemos dar valor somente aos acontecimentos relacionados ao próximo.
d) mostra que ajudar o próximo é difícil, mas necessário para uma sociedade melhor.
9. A palavra grifada no verso: “mas que seja intensa” significa
a) excessiva.
b) animada.
c) profunda.
d) fervorosa.
10. Nos versos: “não seja nem curta / nem longa demais”, o uso da conjunção “nem” estabelece sentido de
a) oposição.
b) explicação.
c) alternância.
d) adição.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1B / 2B / 3C / 4D / 5A / 6C / 7A / 8B / 9D / 10C
1) Foi escrito em primeira pessoa e o item b) é o correto.
Em conformidade com as estrofes elucidadas acima, verifica-se que em verdade, trata-se de poema que fora escrito em primeira pessoa.
Dessa forma, pode-se ratificar esse entendimento, analisando um trecho do poema:
"[...] Não sei
se a vida é curta
ou longa demais [...]
Portanto, os verbos descritos acima, estão escritos na 1ª pessoa do singular, pois ao autor afirmar "não sei se a vida é curta", ele está expondo uma frase na 1ª pessoa, referente ao pensamento produzido pelo mesmo, portanto o item b) é o correto.
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2) Propor maneiras de exercer a empatia e o item b) é o correto.
Determinada alternativa, pode ser confirmada ao longo do texto, pois ao afirmar:
[...] Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta, [...]
Deste modo, percebe-se que o eu lírico fundamenta o porquê acredita que se deve exercer a empatia e amor ao próximo e afirma que não faz sentido não tocar o coração das pessoas, que não é coisa de outro mundo, ou seja, que são ações simples, cita tais ações.
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3) Demonstra hesitação em suas declarações e o item c) é o correto.
Isto porque, o significado da palavra hesitação, nada mais é, do que uma dúvida pontual do eu lírico.
Portanto, ao afirmar: “Não sei… / se a vida é curta / ou longa demais para nós.”, o eu lírico demonstra dúvida em sua afirmação, de modo que não sabe ao certo se a vida é curta ou longa, e depois conclui o seu raciocínio, que independente disto, o que importa de verdade, é dar ter um colo que acolhe, um abraço que envolve, uma palavra que conforta, ou seja, a demonstração de amor e de empatia ao próximo.
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4) Representa uma condição e o item d) é o correto.
Portanto, a palavra "se" é uma conjunção subordinativa condicional, podendo ser claramente substituída para "caso não", inclusive no verso acima, em que substituindo, o sentido da frase permanece o mesmo, de modo a confirmar a classificação da palavra "se".
Deste modo, pode-se ratificar nos versos;
" [...]Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se (caso) não tocamos o coração das pessoas.
Portanto, como o sentido permanece o mesmo, a palavra "se" trata-se de uma conjunção subordinativa condicional.
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5) Através de simples atitudes, de modo que o item a) é o correto.
Isto porque, da simples leitura do segundo verso, combinado com o terceiro, pode-se concluir que o eu lírico acredita que simples atitudes que dão sentido à vida.
" [...]Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia [....]
E isso não é coisa de outro mundo [...]"
Ao afirmar "basta ser" e "isso não é coisa de outro mundo", o eu lírico busca passar a mensagem para o leitor, de que simples atitudes dão o verdadeiro sentido à vida.
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6) O verso revela a ideia de alternância e o item c) é o correto.
Isto porque, quando o eu lírico afirma:
"Não sei....
se a vida é curta
ou longa demais para nós. [...]"
Dá o sentido de alternância, ou seja, pode ser uma coisa ou outra, e determinado pensamento, dá a ideia de pensamentos que se alternam e o item c) é o correto.
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7) Foi utilizado para iniciar algumas exemplificações, e a alternativa correta é o item a).
Isto porque, após o emprego dos dois pontos, o eu lírico começa a citar algumas exemplificações do que de acordo com a sua visão, são ações simples e necessárias, que dão sentido à vida, contidas na segunda estrofe, portanto, a alternativa correta é a letra a).
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8) A importância de viver cada segundo e o item b) está correto.
Isto porque, no próprio poema é ressaltado, como as pequenas atitudes, que são simples, são sentido à vida. E ainda assim, o eu lírico completa o seu pensamento.
"[...] É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais [...]"
Portanto, as pequenas atitudes devem ser valorizadas.
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9) A palavra significa profunda, e o item c) é o correto.
Determinada afirmação, pode ser confirmado pela última estrofe do poema:
"[...] É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira, pura…
enquanto durar. "
Portanto, o eu lírico afirma acerca da intensidade, ou seja, profundidade.
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10) Sentido de adição e o item d) é o correto.
Isto porque, a palavra "nem" é uma conjunção aditiva, podendo ter sentido positivo ou negativo. No verso elucidado acima, trata-se de uma adição em sentido negativo, pois é afirmado "[...] nem curta, nem longa demais", portanto possui sentido de adição.
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