Leia o poema abaixo, de autoria de D. Dinis, rei de Portugal, antes de responder à questão abaixo:
“En gran coita, senhor,
que pior que mort’é,
vivo, per boa fé,
e polo voss’amor
esta coita sofr’eu
por vós, senhor, que eu
Vi polo meu gran mal,
e melhor me será
de morrer por vós já
e, pois me Deus non val,
esta coita sofr’eu
por vós, senhor, que eu
Polo meu gran mal vi,
e mais me val morrer
ca tal coita sofrer,
pois por meu mal assi
esta coita sofr’eu
por vós, senhor, que eu
Vi por gran mal de mi,
pois tam coitad’and’eu.”
A respeito do poema acima fazem-se as seguintes afirmativas:
I.É uma cantiga de escárnio, pois o poeta ridiculariza a mulher amada.
II.É uma cantiga de amigo, pois o eu lírico é feminino.
III. Possui versos paralelísticos, como “Vi polo meu gran mal” e “Polo meu gran mal vi”.
IV.É uma cantiga de amor, pois o eu lírico, além de ser masculino, sofre intensamente um amor impossível.
V.É uma cantiga de refrão, o qual possui a particularidade de ver o seu sentido completado na estrofe seguinte.
VI.É uma cantiga de maldizer, pois o poeta não se conforma com o fato de não conquistar a mulher que ama.
Estão corretas:
a) Apenas III e VI.
b) Apenas II e III.
c) Apenas II e V.
d) I
e) III,IV e V
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Resposta:
Alternativa E
Explicação:
III- A cantiga realmente possui versos paralelisticos.
IV- No periodo do trovadorismo(processo de formação da lingua portuguesa)ainda não existia a palavra senhora e os homens para se referir as mulheres amadas utilizavam senhor mesma denominação que dava aos senhores feudais. Quando uma cantiga possui eu-lirico masculino necessariamenre ela vai ser de amor.
V- Notasse realmente o emprego do refrão.
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