Português, perguntado por NinaJudith, 6 meses atrás

Leia o poema a seguir, que pertence à primeira parte do livro de poemas Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga.

Lira XIX

Enquanto pasta, alegre, o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive nos descobre
A sábia Natureza.

Atende, como aquela vaca preta
O novilhinho seu dos mais separa,
E o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Atende mais, ó cara,
Como a ruiva cadela
Suporta que lhe morda o filho o corpo,
E salte em cima dela

Repara como, cheia de ternura,
Entre as asas ao filho essa ave aguenta,
Como aquela esgravata a terra dura,
E os seus assim sustenta;
Como se encoleriza
E salta sem receio a todo o vulto
Que junto deles pisa.
Que gosto não terá a esposa amante,
Quando der ao filhinho o peito brando
E refletir então no seu semblante!
Quando, Marília, quando
Disser consigo: “É esta
De teu querido pai a mesma barba,
A mesma boca e testa.”


A tópica árcade que predomina nesse poema de Gonzaga é:

A
carpe diem, pois a observação da “regular beleza” da natureza apresenta o exemplo de vida harmônica e equilibrada a que aspira a poesia árcade.

B
aurea mediocritas, pois, ao refletir sobre a vida animal, o poema enfatiza em todas as estrofes que o dinheiro não importa.

C
fugere urbem, pois, ao apresentar elementos da vida animal, o eu lírico sugere uma imitação imediata da natureza, que deixe de lado a vida na cidade.

D
inutilia truncat, pois, segundo o eu lírico, a vida exemplar dos animais prescinde de quaisquer luxos e riquezas.

E
locus amoenus, pois, ao refletir sobre a vida dos animais, o eu lírico convida Marília a ir morar em um lugar distante da cidade.

Soluções para a tarefa

Respondido por nickchan1317
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Resposta:

A  - carpe diem, pois a observação da “regular beleza” da natureza apresenta o exemplo de vida harmônica e equilibrada a que aspira a poesia árcade.

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