Leia o poema A ARTE DE PERDER de Bishop
“A arte de perder não é nenhum mistério
Tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio da mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudades deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você (a voz, o ar etéreo, que eu amo)
Não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.” (Tradução de Paulo Henriques Britto)
Leia o poema A Arte de Perder e indique a alternativa incorreta.
a-) Bishop sugere que suas perdas excedem a mera perda de chaves ou tempo; de fato, seu sofrimento profundo a impede de discernir a diferença entre um item perdido, potencialmente recuperável e tempo perdido, nunca recuperável.
b-) Bishop, ao final do poema, explica em tom mais suave, beirando a jocosidade, que a arte tem a particularidade de ser passageira, temporal, portanto trazendo marcas de perda não tão importantes para a civilização humana.
c-) Bishop aborda a perda de objetos e conceitos inanimados antes de investigar itens muito mais sérios a perder.
d-) A repetição da frase "A arte de perder não é difícil de dominar" serve para validar seu processo de pensamento ao longo do poema e convencer-se de que a perda torna-se mais fácil com o tempo e a prática. Claramente, no entanto, a arte de perder torna-se muito mais pessoal e desafiadora para o Bishop enquanto o poema progride. Ela começa com objetos inanimados e noções intangíveis e usa-os como bases para coisas cada vez mais difíceis de perder.
e-) No início do poema, o tom de Bishop parece relaxado e indiferente ao instruir seus leitores a dominar a "arte de perder", muito necessária, (1.o verso). Curiosamente, sua voz poética assume características didáticas enquanto pede aos leitores que "percam algo todos os dias", o que sugere suas próprias experiências históricas com a perda.
Soluções para a tarefa
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Sobre o poema A ARTE DE PERDER de Bishop, percebe-se que ele abarca tanto a perda de objetos inanimados como aspectos intangíveis, como o tempo e o seu respectivo valor.
Entretanto, ele aborda o fenômeno das perdas como algo natural da vida, algo que pode ser aprendido e administrado sem causar transtornos às pessoas. Bishop em a Arte de Perder aborda de forma didática como é possível acostumar-se com a perda, desde objetos a elementos mais profundos.
É INCORRETA a letra A.
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Resposta: A alternativa B é a incorreta
Explicação:
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