Leia o fragmento do texto Macunaíma, de Mário de Andrade e responda à questão. “Porém respeitava os velhos, e frequentava com aplicação a murua a poracê o torê o bacorocô a cucuicogue, todas essas danças religiosas da tribo.” 1. Um traço marcante na obra modernista é: * a) o indianismo que se impõe como uma das matrizes linguísticas, culturais, e étnicas do Brasil. b) a religiosidade dos mais velhos que apresenta misturas com religiões africanas. c) a escrita dificultada pelo uso de palavras estrangeiras. d) o fragmento como parte exclusiva da experimentação estética. Leia o fragmento do texto Macunaíma, de Mario de Andrade e responda à questão. “Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! que preguiça!. . . e não dizia mais nada.” 2. No trecho, a marca da oralidade está no uso da palavra: * 1 ponto a) “já”. b) “si”. c) “meninice”. d) “sarapantar”.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1) A
2) B
Explicação: AULA PARANÁ - CLASSROOM
Um traço marcante na obra modernista é o indianismo que se impõe como uma das matrizes linguísticas, culturais, e étnicas do Brasil. Por esse motivo, a resposta correta é a alternativa A.
Interessante salientar o indianismo presente no Modernismo e contrapô-lo à visão idealizada do índio no Romantismo. Neste movimento literário, a figura do índio foi escolhida como sendo um herói nacional. Dessa forma, o indígena era visto de uma forma idealizada, como parte da perfeita natureza do Brasil. No Modernismo, por outro lado, o índio é visto como formador do povo brasileiro, sem a idealização proposta pelos românticos.
Isso é percebido na figura do anti-herói, Macunaíma, que é descrito na obra de Mário de Andrade como "um herói sem nenhum caráter. " Assim, não se deseja ter um herói idealizado, como ocorrera no Romantismo.
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2) No trecho, a marca da oralidade está no uso da palavra “si”. Por esse motivo, a resposta correta é a alternativa B.
A palavra “si”, no contexto, não funciona como pronome oblíquo, mas está sendo utilizada como conjunção subordinativa condicional. Isso indica que, na escrita formal, usaríamos "se". Essa variação diamésica foi utilizada com o objetivo de destacar de que maneira tal palavra é usada na fala, isto é, foi utilizada para demonstrar de que forma o povo brasileiro, no dia a dia, utiliza tal vocábulo.
Isso está de acordo com o projeto literário do Modernismo, segundo o qual objetivava disseminar o português falado no Brasil. Isso indica que os modernistas buscavam se distanciar da gramática lusitana e se aproximar do português utilizado pelos nativos.
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