Leia o fragmento do poema O Navio Negreiro: Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura… se é verdade Tanto horror perante os céus… Ó mar! por que não apagas Co’a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?… Astros! noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!… ( Castro Alves ) 1. Aponte a alternativa "incorreta" sobre o texto. * 1 ponto a) Os versos 3 e 4 constituem o objeto direto do verbo dizer e, pela antítese, expressam o desespero do poeta. b) O vocativo do verso 1 é retomado em toda a estrofe, por meio de outros vocativos, no mesmo tom de protesto grandiloquente. c) Ao lado de Deus, na sequência dos vocativos, estão as forças grandiosas da natureza, como o mar, os astros, a noite, as tempestades e, num desespero crescente do poeta, o tufão. d) Este borrão, objeto direto do verbo apagar, constitui uma metáfora de algo vergonhoso que recupera e aprofunda o horror do verso 4. e) No apelo desesperado do poeta, as grandiosas forças da natureza não são personificadas, mas, sim, coisificadas nos vocativos que as representam. Leia as duas estrofes abaixo, extraídas do poema "Boa-Noite", do poeta romântico Castro Alves: BOA-NOITE, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, – Mar de amor onde vagam meus desejos. (ALVES, Castro. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 122.) 2. Nas estrofes acima, a visão que o eu lírico deixa transparecer do amor que sente é repleta de: * 1 ponto a) sensualidade. b) melancolia. c) platonismo. d) religiosidade.
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Resposta:
1) e) No apelo desesperado do poeta, as grandiosas forças da natureza não são personificadas, mas, sim, coisificadas nos vocativos que as representam.
2) a) sensualidade.
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