Leia o fragmento de texto a seguir. Que seja plantado em nossos parques o bom capim do trópico. Ou que não se plante nada. Que se aumente pelo menos o pouco espaço dos nossos poucos jardins. O que é preciso plantar, seu guarda, é uma semente de bom-senso nos sujeitos que fazem os regulamentos. CAMPOS, Paulo Mendes. Menina no jardim. In: ______. Crônicas 1. São Paulo: Ática, 2011. p. 17. No período em destaque, A o sujeito é indeterminado. B o sujeito é simples determinado. C o sujeito é composto determinado. D o sujeito é oculto. E não há sujeito.
Soluções para a tarefa
Resposta:
to para as questões de 2 a 13.
MENINA NO JARDIM
Em seus 14 meses de permanência neste mundo, a garotinha não tinha tomado o
menor conhecimento das leis que governam a nação. Isso se deu agora na praça, logo
na chamada República Livre de Ipanema.
Até ontem ela se comprazia em brincar com a terra. Hoje, de repente, deu-lhe um
tédio enorme do barro de que somos feitos: atirou o punhado de pó ao chão, ergueu o
rosto, ficou pensativa, investigando com ar aborrecido o mundo exterior. Por um
momento, seus olhos buscaram o jardim à procura de qualquer novidade. E aí ela
descobriu o verde extraordinário: a grama. Determinada, levantou-se do chão e correu
para a relva, que era, vá lá, bonita, mas já bastante chamuscada pela estiagem.
Não durou mais que três minutos seu deslumbramento. Da esquina, um homem de
bigodes, representante dos Poderes da República, marchou até ela, buscando
convencê-la de que estava desrespeitando uma lei nacional, um regulamento estadual,
uma postura municipal, ela ia lá saber o quê.
Diga-se, em nome da verdade, que no diálogo que se travou em seguida, maior
violência se registrou por parte da infratora do que por parte da Lei, um guarda civil
feio, mas invulgarmente urbano.
— Desce da grama, garotinha – disse a Lei.
— Blá blé bli bá – protestou a garotinha.
— É proibido pisar na grama – explicou o guarda.
— Bá bá bá – retrucou a garotinha com veemência.
— Vamos, desce, vem para a sombra, que é melhor.
— Buh buh – afirmou a garotinha, com toda razão, pois o sol estava mais agradável
do que a sombra.
A insubmissão da garotinha atingiu o clímax quando o guarda estendeu-lhe a mão
com a intenção de ajudá-la a abandonar o gramado. A gentileza foi revidada com um
safanão. Dura lex sed lex.
— Onde está sua mamãe?
A garotinha virou as costas ao guarda, com desprezo. A essa altura levantou-se do
banco, de onde assistia à cena, o pai da garota, que a reconduziu, sob chorosos
protestos, à terra seca dos homens, ao mundo sem relva que o Estado faculta ao ir e vir
dos cidadãos.
A própria Lei, meio encabulada com o seu rigor, tudo fez para que o pai da garotinha
se persuadisse de que, se não há mal para que uma brasileira tão pequenininha pise na
grama, isso de qualquer forma poderia ser um péssimo exemplo para os brasileiros
maiores.
— Aberto o precedente, os outros fariam o mesmo – disse o guarda com imponência.
— Que fizessem, deveriam fazê-lo – disse o pai.
— Como? – perguntou o guarda confuso e vexado
Explicação:
boa sorte com essa historia