Leia o excerto que segue:
“Para o historiador modernista, a história do tempo presente, pelo menos como ele a imagina, desperta um mau sentimento: a inveja. Antes de tudo, inveja de uma pesquisa que não é uma busca desesperada de almas mortas, mas um encontro com seres de carne e osso que são contemporâneos daquele que lhes narra as vidas. Inveja também de recursos documentais que parecem inesgotáveis. Apesar dos sérios obstáculos que limitam a comunicação de arquivos públicos, a abundância da produção escrita, sonora, visual e informática acumulada pelas sociedades contemporâneas, bem como a possibilidade que tem o historiador do contemporâneo de produzir ele mesmo o seu arquivo parecem prometer um maná sempre renovado. Certamente os historiadores modernistas conseguiram despertar arquivos adormecidos, estabelecer importantes fontes seriais, explorar os recursos acumulados por administradores, escriturários, juízes e tabeliães, mas hoje muitas vezes lhes parece que suas indagações mais decisivas ficarão para sempre sem solução documental. Ao passar da história das estruturas e das conjunturas para a das representações e das práticas (e mais particularmente das práticas sem discurso e das representações mais comuns), a história moderna multiplicou as questões para as quais, em último caso, não existe resposta possível nas fontes disponíveis”.
CHARTIER, Roger. A visão do historiador modernista. In: Usos e abusos da história oral. Janaína Amado, Marieta de Moraes Ferreira (Orgs). Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1998, p.215-218.
Pode-se inferir que:
Alternativas
Alternativa 1:
A história do tempo presente opõe-se totalmente às reflexões levantadas pela história oral.
Alternativa 2:
A história do tempo presente manifesta peculiar pertinência à verdade inerente a todo trabalho histórico.
Alternativa 3:
A narrativa histórica pertence à categoria das narrativas e toda história oral consiste num discurso verdadeiro, capaz de dizer o que realmente aconteceu.
Alternativa 4:
A história do tempo presente é sempre ficcional, pois não permite o necessário distanciamento temporal entre o objeto analisado e o sujeito que faz a análise.
Alternativa 5:
O historiador do tempo presente provoca inveja em seus colegas, visto ter a possibilidade de encontrar-se com os sujeitos de carne e osso, ao invés de estar limitado aos arquivos.
Soluções para a tarefa
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Acho que pode ser a alternativa 5
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No meu ponto de vista é a 1 -
Explicação:
A história do tempo presente leva ao historiador moderno fazer uma reflexão do caso estudado.
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