Leia o excerto abaixo
“A constatação da relevância de fatores como a intenção do falante e o contexto para o processo de significação é que levou os estudiosos da língua a uma concepção mais abrangente. Nos anos 30 do século passado, na União Soviética, Bakhtin propõe que “a verdadeira substância da língua é o fenômeno social da interação verbal”. Na França, nos meados do século, Benveniste desenvolve uma teoria linguística que postula a enunciação – o ato de tomar a palavra, formulando frases, textos, discursos – como o eixo central organizador de todo o sistema linguístico. Paralelamente, surgem também teorias que defendem que, para se entender verdadeiramente o que é língua, é preciso ultrapassar os limites da frase e tomar o texto e o discurso como objeto dos estudos linguísticos. Ou seja, é preciso estudar a língua tal como ela aparece socialmente, e não apenas como um sistema abstrato de signos ou como um conjunto padronizado de formas e regras a serem seguidas.
Desse ponto de vista, a língua é considerada como uma atividade social, como forma de ação, como lugar/espaço de interação entre sujeitos, em um determinado contexto social de comunicação. Nesse espaço de interação, os sujeitos que dele participam vão construindo sentidos em suas trocas linguísticas, orais ou escritas, em função das relações que cada um mantém com a língua, de seus conhecimentos sobre o tema do qual falam ou escrevem, ouvem ou leem, de seus conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos, das imagens que constroem um sobre o outro, etc. Enfim, segundo essa concepção, é na e pela língua que realizamos ações e trocas intersubjetivas. Destaca-se, nessa abordagem, a compreensão da língua como competência discursiva, que possibilita a interação social.” (VAL, 2006, p. 25)
Considerando a retomada sobre o conceito de língua exposto no fragmento, é correto o que se afirma em:
a.
O contexto social é o lugar/espaço de interação entre sujeitos, sendo assim, a língua apenas se materializa adequadamente em situações de comunicação face a face.
b.
Ao considerar a língua como uma atividade social entre sujeitos, os aspectos linguísticos mais puros perdem a razão de serem estudados cientificamente.
c.
Tratar a língua como atividade social, como espaço de interação entre sujeitos, significa desacreditar na escrita como forma de comunicação.
d.
A língua deve ser considerada como uma atividade social, como forma de ação, pois o sentido é construído na interação entre sujeitos, em um determinado contexto social de comunicação.
e.
A língua considerada como forma de ação, prejudica o entendimento do contexto social de comunicação.
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Resposta:
Resposta D.
Explicação:
Não há língua sem interação social.
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Resposta:
A língua deve ser considerada como uma atividade social, como forma de ação, pois o sentido é construído na interação entre sujeitos, em um determinado contexto social de comunicação.
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