Leia:
Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.
A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.
Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.
7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.
Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.
A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.
Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.
O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.
1.A leitura do poema nos informa que o cordel *
a) é poesia do povo, história composta de estrofes (setilhas) e rimas não são exigidas, capa em xilogravura.
b) poesia do povo, história contada por estrofes (com 4 ou 6 ou 7 ou 10 versos); versos rimados(em redondilha), capa em xilogravura.
c) poesia do povo, sem forma fixa, basta rimar uns versos se quiser e contar uma história, capa em xilogravura.
d) a xilogravura, que é a forma como a capa do cordel é feita, é também o nome de uma estrofe específica.
e) xilogravura é o trabalho de artesão que é, de fato, o trabalho de escrever o poema; artesão é o poeta.
Leia uma estrofe de um cordel de Patativa do Assaré – importante poeta e cordelista brasileiro.
Seu dotô num me conhece
Sou aquele que conhece
As privação que padece
O mais pobre camponês;
Tenho passado na vida
De cinco mês em seguida
Sem comê carne uma vez.
(Patativa do Assaré)
2. A ausência de marcação de plural em “As privação” e a supressão (retirada) do /r/ em “comê” e “dotô” denotam *
a) erros de concordância e grafia.
b) presença de variação linguística social e regional na fala simples do camponês.
c) enfatizar a fala “errada” do camponês.
d) emoção de quem fala, daí os equívocos de concordância e grafia.
e) o “dotô” imitando o camponês para humilhá-lo.
Soluções para a tarefa
Resposta:
resposta
1) b
2) b
Explicação:
confia fiz no classroom
1) A leitura do poema nos informa que o cordel poesia do povo, história contada por estrofes (com 4 ou 6 ou 7 ou 10 versos); versos rimados(em redondilha), capa em xilogravura. Por esse motivo, a resposta correta é a letra B.
Cordel é um gênero textual que apresenta formas fixas, como indicado no enunciado da questão. Além disso, os versos apresentam rimas e é comum ser ilustrado por meio de xilogravuras.
2) As privação” e a supressão (retirada) do /r/ em “comê” e “dotô” denotam presença de variação linguística social e regional na fala simples do camponês. Por esse motivo, a resposta correta é a letra B.
Nos cordéis, é comum o uso de uma linguagem próxima à oralidade, pois são poemas cantados. Visto que é comum na região Nordeste, o falar desta região é muito retratado nesse gênero textual. Isso é verificado nos trechos destacados na questão.
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BONS ESTUDOS!